Nem me lembro mais de quando pedi esse texto, mas achei a reflexão muito interessante e resolvi postar =)
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Esse texto é uma resposta a um pedido da dona do blog. O objetivo: responder o porquê de mulheres preferirem homens cafajestes a homens bonzinhos.
Antes de tudo, é importante dizer que quando estamos em um relacionamento, não estamos por qualquer motivo, estamos porque aquela pessoa nos suscita tesão, mas, sobretudo admiração. É justamente por causa da admiração que esperamos que a dita pessoa seja digna da mesma e, por pessoa digna de admiração, entende-se aquela que tem amor próprio, que se dá o respeito, que respeita os limites do outros, mas não cede injustificadamente e, mais ainda, que é o mais atraente de tudo, que não tem receio de perder se for necessário.
É exatamente isso que torna um relacionamento igualitário e gostoso, pois você sabe que, pelo fato da pessoa ser bem resolvida consigo mesma, ela só pode estar com você porque ela QUER estar e não porque é dotado de uma insegurança monstra e sufocante que tá se agarrando em qualquer coisa que o impeça de ficar sozinho. Pois bem, esse é o problema do homem bonzinho. O homem bonzinho não é homem bom. É homem capacho mesmo, pagador de pau de mulher, que coloca a parceira num pedestal e cede a todas as exigências dela, por mais absurdas ou estúpidas que sejam. Ele tem medo de perder e, com isso, se torna extremamente não atrativo.
Ele se julga tão bosta que, ao perceber a baixa autoestima e insegurança que o acomete, a própria namorada que um dia o admirou, agora se pergunta se deve mesmo continuar a relação, pois ela não é uma relação de homem e mulher, é uma relação de dona e de escravo, de mandante e de capacho, de patroa e empregado. Não há tesão nenhum em uma mulher que não sinta por parte do namorado dela aquela independência emocional, aquela segurança de ser, aquele puta amor próprio!
É isso que motiva a mulher a ficar na companhia de um homem, nada mais (e o mesmo vale para a mulher boazinha). Bonzinho, que sempre cede, nunca toma a iniciativa, nunca diz a que veio, sempre ela manda e ele obedece, mas não propõe nada, não diz o que quer, do que gosta, não diz não quando ela está errada e, pior, deixando de ser quem é pra ser o que a namorada quer que ele seja… é simplesmente boçal, é broxante! Melhor ficar sozinha mesmo.
Agora, e por que os cafajestes fazem tanto sucesso? Aí depende. E depende do quê? Do tipo de mulher que estamos falando. Em geral, mulher de boa autoestima e vivida não quer um homem cafajeste. Quem gosta de cafajeste é mulher que não se valoriza ou que, devido à inexperiência, é ingênua demais e se deixa levar pelo teatro desse sedutor desonesto (Aliás, todo jogo de sedução é desonesto, saibam disso!).
No caso das inexperientes, elas se apaixonam pelo cafajeste porque veem a segurança, a firmeza, a PEGADA do cara e se encantam por ele profundamente e, por isso, acabam acreditando que ele é aquele tipo de homem seguro de si que, como falei antes, elas tanto desejam. Só que, a longo prazo, elas veem que não é nada disso e quebram a cara. Mais tarde, se tornam mais criteriosas e não se encantam mais pelo joguinho e charme do primeiro que aparece. Analisam mais, se tornam mais racionais e menos ingênuas. Já as que têm baixa autoestima querem o cafajeste por uma necessidade de autoafirmação. Querem provar pra si mesmas que são poderosas, incríveis, que têm uma ppk mágica e, por isso, tem condições de tornar o cafajeste um cara de sua exclusividade, isto é, têm condições de fazer o cara parar de pegar outras mulheres pra ficar só com ela. Doce ilusão. Resultado: elas quebram a cara também. Resta saber se vão quebrar a cara a vida inteira ou se vão amadurecer e ver que ninguém é tão especial assim a ponto de mudar o caráter de alguém.
Que tipo de homem é o homem ideal então? É o cara normal, o cara que tem autoestima. Que é carinhoso e romântico na medida certa (demais é chato), mas que sabe se impor e exigir respeito da namorada. São esses mesmos que são escolhidos pelas mulheres. Nem os cafajestes nem os bonzinhos. Apenas os homens bons.