Leitor: Por que as mulheres não dão valor em quem as ama mas sim em quem as trata mal?
Essa é clássica e eu como mulher tenho que admitir que, ainda que cause muita polêmica, em geral e infelizmente, isso é verdade. Não é que a mulher goste de ser “mal tratada”, não é isso. O problema é que muitas falam que gostam de ser muito bem tratadas, que querem um cara bonzinho que faça de tudo por elas (aí entra o famoso cavalheiro bonzinho), mas aí, na hora que encontram, geralmente acontece uma das três possibilidades: a grande maioria acaba enjoando mais cedo ou mais tarde (aí entra aquela do ser humano sádico e da ideia do “o que é fácil demais enjoa”), outras gostam e continuam com o cara só pra usar e uma pequena minoria de fato ficaria e se apaixonaria por ele. O difícil é encontrar essa minoria (mas existe!).
Tenho uma amiga que sempre falava que adorava os caras bonzinhos e ela realmente chegou a arrumar alguns, mas nada que tenha durado muito tempo. Ela dizia que tentava gostar deles mas que eles pareciam meio bobos, acessíveis demais, que não fomentavam aquele lado “conquistador feminino”, ou seja, era o famoso “jogo ganho”. Aí, com o tempo, ela começou a admitir que gosta mesmo é de um malandrinho que a coloca em dúvida, que nem sempre faz o que ela quer e que, ainda que muitas vezes ela fique brava por ser contrariada, é justamente essa vontade de “vou domar esse homem” que muitas vezes bate mais forte e excita.
Ainda que dificilmente admitam, muitas mulheres tem vontade de ficar com aquele pegador, o “galinhão da turma” pra fazer ele se apaixonar por ela e “largar dessa vida”. Ou então, nem querem que eles larguem essa vida, mas que as pegue forte mesmo ou que pelo menos sirvam pra elas praticarem seu poder de sedução em tentar conquistá-lo e ver “se um dia ele cai” (pra muita mulher seria uma espécie de troféu ter um homem “difícil que nunca leva ninguém a sério” em suas mãos). Não vejo nada de errado nisso, há inclusive uma lógica dentro da lógica delas, porém, ao mesmo tempo lamento porque, infelizmente, muitas dessas que gostam dos malandrinhos e terminam ficando com eles por muito tempo acabam vendo algo que não queriam ver: alguns insistem em continuar saindo adoidado, outros ainda não aguentam ver um rabo de saia e por aí vai…
Não espere que você vá encontrar uma mulher na rua falando que “gosta mesmo é dos malandrinhos” porque dificilmente isso ocorrerá. Muitas nem sabem que gostam, juram que gostam de “x”, se casam com “y” e nem percebem que se casaram bem com quem o seu íntimo gostava e que o seu externo renunciava.
No fim, eu acho que você deve encarar isso tudo como uma meia verdade: de fato, aparentemente a maioria das mulheres gosta de uns caras que as deixam na dúvida, PORÉM, ainda que haja muita mulher que goste apenas dos essencialmente bonzinhos ou dos essencialmente malandrinhos, outras tantas gostam mesmo é de um equilíbrio entre esses dois tipos de homens. Ou seja, daqueles que sabem colocar e tirar a dúvida e o calor da emoção na hora certa. Aquele que pode até te deixar na dúvida em relação ao quanto que ele gosta de você, mas, no outro dia chega com aquela atitude que te deixa totalmente certa de que ele realmente te deseja.
Termino com o clichê do “faça a sua parte, se a outra pessoa não se tocar e não fizer a dela, não há muito mais o que você possa fazer”. Se você acha que no momento você deve ser alguém que valorize a mulher que você está, não se force a ser o contrário só porque você ACHA que ela gostaria de você assim. Mais vale pecar sem querer pecar fazendo o certo do que fazendo o errado.
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Até mais!