Está rodando na internet um vídeo no qual o entrevistador do canal Pizzaria Brasil, visivelmente munido de perguntas prontas para quem sabe “desmascarar” ou deixar alguma feminista sem jeito, questiona algumas integrantes do movimento. Compartilhamento de vídeo vai, compartilhamento de vídeo vem e não demorou muito para as meninas que cederam a entrevista serem taxadas de burras através das redes sociais. Se elas são burras ou não, você mesmo pode assistir ao vídeo e tirar as suas próprias conclusões. Porém, eu pessoalmente acredito que a palavra burra é um tanto quanto forte, e talvez “despreparadas” seja a melhor classificação.
Aqui chega a pergunta que não quer calar: será que não falta um pouco de embasamento para fazer valer não só esse, como vários outros movimentos brasileiros? E nem precisa ser tema de sexualidade: pode ser movimento político e o que mais for.
Nunca fui a favor do machismo, do feminismo e nem de qualquer outro tipo de “ismo”. Sou a favor do gosto pessoal e do respeito entre os sexos e isso nem sempre a gente consegue com movimentos. Porém, convenhamos que quando você quer fazer parte de um, no mínimo você tem que saber um pouco – ou seria muito? – sobre ele. Do contrário, você apenas prejudica a imagem do mesmo.
Naturalmente que um grupo de meia dúzia de pessoas nunca representará a causa toda, e isso vale para qualquer tipo de movimento social, porém, ainda assim não é difícil se perguntar: será que essa minoria não representa um geral que já mostra sinais de que falta aprofundamento de causa? É frase pronta demais para pouco aprofundamento. É repetição demais para pouca gente que realmente sabe sobre o que está falando.
Seja você homem ou mulher, se você quer defender uma causa, um pouco de literatura e de história podem te fazer bem. Se tiver preguiça de ler ou de lutar em prol de movimentos específicos, faça como eu e outras milhares de pessoas: siga as suas crenças pessoais mesmo, também é possível conquistar respeito assim.