Hoje posto mais um pensamento, e gostaria de falar que apesar de as vezes escolher as palavras em uma colocação feminina em detrimento da masculina, ou vice-versa, tudo o que digo pode ser usado para ambos os lados…
*****************************************************************************
Você namora há meses, anos… Ou melhor, está casado há décadas e até hoje não consegue falar com clareza com o seu parceiro, porque falar com ele parece ser tão difícil que é mais fácil ficar calada e omitir as suas vontades do que dizer para ele a falta que você sente de algo que nunca teve, ou de algo que até já teve, mas que agora já não tem mais.Você não tem coragem de falar porque seu parceiro é machista demais, é nervoso demais, é cabeça dura demais, ou porque você é conservadora demais, porque falta tempo demais, ou porque você já está acomodada há anos para mudar isso agora. Porém, o óbvio que quase ninguém se lembra é que se a bomba estourar, também já vai ser tarde demais.
Quantas vezes você já conversou com aquele seu melhor amigo e as coisas melhoram entre vocês? Se você é pai ou mãe, quantas vezes você conversou com o seu filho e ele finalmente entendeu que não se pode ter todos os brinquedos da loja? Quantas vezes você já falou com a empregada da casa elogiando a comida que finalmente melhorou graças ao fato dela ter entendido que o segredo é menos sal e mais tempero? Enfim, quantas vezes a conversa deu certo? E quantas vezes a conversa terminou mal? Será que faltou um bom argumento? Bem, pode até ser, mas acredito que na grande maioria das vezes, o que falta é um pouco de coragem de ambas as partes: coragem não só para falar, mas também para saber ouvir e admitir os próprios erros, saber reconhecer que não somos as melhores pessoas do mundo, e que mesmo que a gente se ache a última bolacha do pacote, felizmente não somos!
A coragem também é válida no momento de saber (re)começar e saber falar o que agrada ou desagrada através de palavras ou gestos, porque afinal de contas, e por mais metafórico que isso possa parecer, não falamos apenas por elas! É importante saber dizer, ou pelo menos demonstrar algum sentimento claro quando algo está ruim, e mais do que isso: é importante saber incentivar o que está saindo da maneira que esperamos. Se sabemos que as vezes parece impossível dizer as palavras que queremos dizer, por quê não dizê-las de outra forma?!
Vamos a um exemplo chulo: se você não quer dizer para o seu marido que você não faz sexo oral nele porque ele nunca lava “lá” direito, por que não tomar banho com ele, fazer o que ele quer que você faça e dizer o quanto você gosta quando “lá” está cheiroso, de forma a incentivá-lo a manter a higiene? Acho que por uma boa troca dessas, só se o homem for muito bobo para parar de manter “o bom hábito” ou reclamar “da troca” hahaha! Assim, ao mesmo tempo que você fez um elogio, você teria dado o recado de forma clara, ainda que não totalmente direta ou de forma pesada. O importante é não só ter em mente que há várias formas de dizer a mesma coisa sem ter que machucar o outro, como também que é possível dizer as coisas da forma menos pesada possível, e até mesmo lúdica, a depender do seu jogo de cintura no momento.
Dizem que sinceridade demais também é falta de educação, e com meu médio tempo de vida pude perceber que isso é verdade, porém, com esse mesmo tempo também descobri que se existem várias formas de dizer a mesma coisa, por quê se calar?! Constantemente queremos nos diferenciar das crianças, enquanto muitas vezes somos mais próximas delas do que imaginamos … pelo menos no que diz respeito a estimular o que queremos que elas façam! Se nem todo mundo tem o dom de dizer na lata “você não é mais o mesmo de antes”, pode-se dizer a mesma coisa sem machucar, e podemos inclusive arrancar risadas do “oponente” ao acompanhar essa frase de um discurso engraçado. Que tal iniciar uma conversa lembrando bons momentos do passado, aqueles que você queria que voltasse e sente falta, ou melhor do que isso, por que não VOCÊ MESMA incorporar o passado, e ao invés de falar tanto nele com palavras soltas, trazer os fatos concretos dele para o presente?!
Que tal comprar ingressos de cinema para um dia que você sabe que ele pode ir, e chamá-lo para assistir um filme recheado de pipoca igual vocês faziam no passado, ou do jeito que você sabe que ele gosta de fazer? Que tal levar mais uma vez a sua parceira naquele restaurante que você sabe que ela nunca se esqueceu? Se você quer algo mais quente tudo bem, e que tal repetir a viagem de lua de mel? Ou quem sabe fazer uma primeira viagem?! E quanto à vestir aquela lingerie para homem nenhum botar defeito? Te falta coragem? Então beba um pouco, mas só um pouco… O quê? Você nunca teve uma lingerie mais ousada? Tudo bem… Você também pode relembrar o que nunca teve, porque as vezes o importante é falar na prática, se é que você me entende…