Um homem afirmou: Larguei a guria porque ela era boazinha demais, mulher não pode ser legal demais que enjoa.
Sou amiga de muitos homens e não posso deixar de dizer que cada dia tenho mais certeza que gente legal demais não passa de uma chatice. Nunca me esqueço do meu amigo zoando a menina que ele ficava, falando que ele podia fazer o que quisesse com ela que ela sempre recebia na calma, sem maiores questionamentos. No fim, ele a largou porque, depois de muito ser legal, ela deu a gota d´água: aceitou numa boa que seu milionésimo encontro fosse desmarcado.
Aí acontece o “mistério”: os caras que a gente não tá nem aí ficam no nosso pé enquanto os que a gente tá aí parecem não se importar muito com isso. Por que será? Porque homem gosta de mulher chata! Não digo insuportável, digo chata. Ou você acha que é coincidência o fato de que aquele cara que você nunca liga, dá um monte de bolo e muitas vezes o deixa como último da lista é muitas vezes aquele que mais se interessa e que mais te agrada? Ele , vendo que você o vê dessa maneira e guiado pela essência masoquista do ser humano fica correndo atrás de você que nem um bobinho. Já você, ao perceber esse comportamento dele, se interessa cada vez menos. Admitindo isso eu posso afirmar outra coisa: provavelmente, o homem que você mais é afim é aquele que muitas vezes te faz de bobinha (ainda que você não perceba isso), te deixa por último (ou pelo menos não te deixa em primeiro lugar), ou que pode até te tratar bem e ser educado, mas sempre tem aquela pitadinha de indiferença no ar. Aí, minha cara, admita que você fica doida!
Quero dizer isso aí mesmo: o ser humano é doente, a começar por você! E, na lógica dessa doença, não é a toa que muitas vezes você conquista a presa bem quando você se esqueceu dela. Aí homem fica que nem gato: você fica correndo atrás dele pra dar carinho e ele sempre da um jeito de escapar do seu colo, aí, basta deixá-lo alguns dias sem muita atenção que ele já vem miando! Nós não somos muito diferentes deles nesse sentido: assim como eles, adoramos a lei do gato ainda que seja difícil admitir o nosso masoquismo.