Encontramos alguém bacana, nos casamos (oficialmente ou não!), juramos que duraria para sempre, que o amor seria eterno e que veríamos alegrias para todo o sempre “até que a morte nos separe”. No entanto, aconteceu que o sonho durou até o dia em que nos demos conta de que não foi a morte que nos separou, mas sim uma dor que nos sufocava até o limite, causada por brigas, falta de afeto, de companheirismo e tudo mais aquilo que só corrói por dentro. Às vezes, conseguimos sair desse ciclo e revivemos o casamento, porém, em outras tantas o fim dos laços é inevitável e o melhor remédio acaba sendo a separação:
A separação pode até parecer, mas definitimente não é o fim do mundo: Só quem já passou pelo fim de um amor que um dia já foi intenso para saber que essa dor transcende o pensamento racional, virando basicamente emoção que, não raramente, desencadeia em algo profundamente destrutivo: sentimos tanta dor ao perder alguém, que muitas vezes nem sabemos diferenciar se é pela perda do amor, da companhia, ou até mesmo do ego (quando nós que fomos dispensados) que sofremos tanto. Pode até ser difícil perceber isso em meio a um turbilhão de emoções, porém, a separação pode ser um santo remédio e uma nova oportunidade de vida! O tempo, o comodismo e a rotina podem nos fazer perder a noção da vida como ela tem que ser: feliz!
Se permita recomeçar: Nada de ficar chorando pelo leite derramado, pelo tempo “perdido” ou qualquer coisa do tipo. Leve tudo o que você passou nessa relação como aprendizado. Se permita refletir e ter maturidade sobre até que ponto você errou, e até que ponto o erro defitivamente não foi seu. Tal ato não servirá para punir alguém, mas sim para ficar de aprendizado para os próximos relacionamentos, já que errar todo mundo erra – afinal de contas somos todos seres humanos, não é mesmo?! Reconhecer um erro é um sinal de maturidade e, não se punir por ele é sinal de mais maturidade ainda. Além do mais, os erros e acertos da relação passada irão te ajudar a construir futuras relações muito melhores e mais saudáveis do que a que você já teve, basta haver disposição para isso.
Dê tempo ao tempo: Nada de enfiar os pés pelas mãos e tentar fazer algo que definitivamente não está no momento de fazer. Atitudes como ficar no pé do parceiro, se fazer de coitada ou tentar jolgar a culpa em alguém não te trará nenhum alívio. Ninguém gosta de uma pessoa que reage de maneira imatura e, mesmo se gostasse, essa posição nunca será benéfica para quem sofre. Tenha força e enfrente a vida, sem que isso signifique sair atropelando o que ela tem de mais precioso: o tempo!
E se eu ainda amar o meu parceiro? Pode parecer triste, mas infelizmente nenhum relacionamento (sobre)vive apenas de amor. O amor tem que vir em mão dupla e, mais do que isso, tem que vir com respeito. Do que adianta você amar um parceiro que, independente dele também te amar, te fez mais mal do que bem? (caso contrário não existiria a separação). Um relacionamento maduro e harmonioso precisa de mais do que sentimentos: ele precisa de parceria. Se vocês já não respiravam bem o mesmo ar, talvez fosse mesmo a hora de rever a situação.
Aproveite sua nova liberdade: Aproveite esse tempo para fazer algo construtivo e que certamente aliviará sua dor, tal como fazer o seu bolo preferido, sair com as amigas, e até mesmo algo que você sempre quis fazer mas que o parceiro nunca deixou (vamos fazer uma viagem?!). Também seria interessante escrever em uma folha de papel quem você pretende ser e o que você procurará em uma próxima relação! Essa atividade além de lúdica e distrativa, poderá te ajudar a delimitar o que você realmente quer e o que não quer mais para sua vida. Só não se esqueça de listar os defeitos que você considera suportáveis em uma pessoa, porque afinal de contas, ninguém é perfeito e príncipes só existem em contos de fadas! Descreva coisas que você procura sem perder o seu senso de realidade, o que não significa que você será obrigada a exigir pouco.
E se eu tiver tido filhos, o que eu faço? separo esse lado também? Ninguém pode se conformar com a infelicidade apenas porque tem filhos: a separação pode até doer para eles, porém, pior seria se eles percebessem que moram em uma casa onde não há mais amor, mas sim uma porção de desentendimentos. Nesse momento, é importante saber que a novidade da separação já basta e não seria interessante colocar mais empecilhos na cabeça do filho no que envolve atitudes desnecessárias, tais como disputa de guarda, e até mesmo exigir que ele faça escolhas, como se fosse mais uma “disputa do amor”. Tem vezes que ficamos tão tristes pela separação que queremos dividir tudo, inclusive a cria!! É importante tentar preservar o máximo da naturalidade na relação entre pai e mãe, bem como tentar preservar ao máximo a paz familiar, porque afinal de contas quem se separou foi o casal, não o amor pelos filhos! Estes devem saber que sempre poderá contar com OS DOIS e que a separação não é um motivo para prejudicá-lo.
E se eu ainda esperar por uma reconciliação, será um dia possível? Sabemos que tudo nessa vida é possível, porém, não podemos viver apenas de esperanças. Nessa hora é preciso ter senso prático, pensar se você fez o que você pôde, se o parceiro fez o que ele pôde e, acima de tudo, pensar com maturidade se vocês realmente poderiam dar certo juntos. Tem gente que tenta forçar uma situação que no fundo no fundo sabe que dificilmente terminaria bem, e acaba ficando à espera de um milagre, que no fim nunca acontece! Otimismo é algo fundamental na vida, mas realismo também! Tente pensar se a reconciliação realmente é possível e se está na hora de se preocupar com isso. Muitas vezes, a separação ocorre justamente como um alerta para saber que o casal precisa de um tempo para pensar, para aliviar a pressão, e quem sabe se dar conta até que ponto o outro faz (ou não!) falta.
No fim, “bola para frente que atrás vem gente!” Você nasceu sozinha, viveu grande parte da sua vida solteira e foi capaz de conquistar pessoas (inclusive ele!), por quê que você não seria capaz de recomeçar a vida “do zero” e, mais do que isso, recomeçar uma vida feliz?! No fundo todos nós sabemos que aquele chichê que diz que a felicidade está dentro da gente é a mais pura verdade. Assim, não fica difícil enxergar que no desespero só há duas saídas: ou você sai dele com o aprendizado necessário para continuar a viver de cabeça erguida, ou fica se lamentando e vivendo de um passado que já não te traz mais nada de bom. Afinal de contas, se ele fosse essa última bolacha do pacote toda certamente ele teria te feito mais feliz (porque a última bolacha do pacote sempre nos faz feliz!).
Que a separação também sirva para aprender que a vida sempre pode seguir um rumo diferente e melhor do que o anterior, mesmo que na hora não seja possível visualizar a bela paisagem que está por vir. Um bom relacionamento é sempre bem vindo, mas se dentro dele você sofrer em demasia por algum motivo, é bom esperar que esse turbilhão passe para poder visualizar com mais clareza o que a vida ainda tem a oferecer!
Quer esquecer? Gravei um vídeo com Uma Dica Rápida Para Esquecer Alguém:
Aconselho a leitura do post Como saber se o amor acabou e do post Dicas para esquecer seu/sua ex