*Uma visão masculina sobre paradoxos um tanto quanto interessantes. Será que um dia vamos entender aquele ser com algo diferente entre as pernas?
Atualmente percebo nas conversas de bar, trabalho, rodas de amigos e principalmente redes sociais, uma verdadeira guerra dos sexos! Homens e mulheres se posicionam nas “trincheiras” e soltam o verbo! Discorrem sobre suas frustrações, sentimentos, experiências, etc. E o alvo é sempre o mesmo: o gênero oposto!
É incrível a nossa capacidade de culpar e responsabilizar os outros quando o assunto é relacionamento! De um lado homens dizendo que o mundo está perdido porque as mulheres são periguetes e não levam ninguém a sério, do outro as mulheres dizendo que o mundo está perdido porque os homens são cafajestes e não levam ninguém a sério! rsrsrs
A partir daqui, penso que pode ser útil um olhar crítico diante do espelho, para todos nós! O que estamos fazendo para conseguir aquilo que realmente desejamos? Pois se quando queremos comprar algo procuramos trabalhar e juntar o dinheiro necessário, quando queremos passar em um concurso público estudamos, porque então quando queremos ter um relacionamento bom e prazeroso retiramos o foco das nossas atitudes e deixamos a responsabilidade com os outros?! Será que é porque pensamos que para ter um bom relacionamento basta aguardar que a pessoa certa apareça e realize todas as nossas expectativas? Encaramos a vida afetiva como um filme de princesa na torre do castelo à espera do príncipe que a salvará do dragão?
Naturalmente é muito mais confortável jogar a responsabilidade das nossas atitudes nos outros e justificar nossos equívocos com palavras de efeito: machismo, feminismo, preconceito, etc! E aí começa a confusão.
De todos os debates que já observei (inclusive aqui no site), percebo que a questão central reside nos homens reclamando que não vão levar a sério mulher que se comporta de forma “libertina”, e mulheres se queixando que aceitaram sem problemas homens “libertinos” a vida toda mas agora que chegou a vez dos meninos a aceitação não é a mesma.
De fato, ao longo da história da humanidade, os homens realmente sempre se portaram de forma livre sexualmente e as mulheres, naturalmente, aprenderam a lidar com isso. Desde a época das cavernas até meados do século XX, foi mais ou menos assim. O homem escolhe a mulher, assume a obrigação de sustentá-la (eis a razão do dote de casamento), prover o sustento dos filhos e chefiar a família. A mulher escolhida é literalmente “salva” (pois não iria ficar o resto da vida na dependência dos pais, já que não trabalhava), dá filhos ao homem e cuida da casa. Mulher em casa, homem na rua (antes que me acusem de “generalização”, eu explico que estou escrevendo sobre a maioria, a regra, e não sobre as exceções).
Com a entrada da mulher no mercado de trabalho e a igualdade entre os sexos, a mulher passou a ter os mesmos direitos e obrigações que os homens, e principalmente deixou de depender do homem para se sustentar. Contudo, séculos de comportamento não se apagam em cerca de 60 anos, e é inegável que atualmente é MUITO mais fácil para uma mulher aceitar que o homem tenha pegado geral a vida toda e agora quer algo sério com ela do que o contrário (salvo exceções, como a da dona da nossa página que não gosta de homem rodado, rs).
Eis o motivo de tanta confusão: as pessoas desconsideram séculos de história comportamental humana e agem como se o mundo tivesse começado em 1950! Cabe perguntar: os que defendem “igualdade” querem isso mesmo, ou querem na verdade um revanchismo? A mulher reclama que o homem sempre foi promíscuo, transou com várias, traiu, mentiu (tudo com conotação negativa), mas luta pelo direito de fazer o mesmo (agora com conotação positiva, como se fosse virtude), e o homem que discorda é machista e preconceituoso! Igualdade não seria AMBOS serem mais fiéis, mais contidos, mais respeitosos?
O cara vive no bar de quarta a domingo, pega todas, arrasta algumas pra casa e transa, e se orgulha de não lembrar sequer do nome das vítimas. Depois reclama que não existe mulher que preste nesse mundo! As mulheres, de seu turno, fazem o mesmo, e depois reclamam que os homens só pensam em sexo e as enxergam como objetos. Em um texto que li aqui no site, vi exatamente isso: os homens estimulam o surgimento das periguetes, e depois reclamam delas. E as mulheres bajulam e correm atrás dos cafajestes. Quando a lei do mercado faz com que os homens passem a se tornar cafajestes, elas reclamam.
Mas a maior das confusões ainda é tentar entender mulher pensando como um homem e vice-versa. É impossível! Para entender o outro a gente tem que pensar como ele, e não querer que ajam conforme as nossas atitudes, pois não é porque é fácil para um homem ser objetivo que devemos exigir sempre o mesmo das mulheres, assim como a mulher não deve exigir do homem a mesma tolerância que ela tem com o passado, ou com assuntos do tipo traição, relacionamento sério.
Aposto que muita gente aqui já viu uma conversa entre amigas na qual dizem “Fulano pegava geral, transou com a faculdade toda, era terrível, mas agora está comigo, fiz ele se aquietar!” Agora, alguém aqui já viu homem se orgulhar diante dos amigos por ter dado jeito na periguete da turma? Claro que não! As mulheres gritam: “machismo, preconceito, não é porque a mulher pegou geral que ela tem mais chances de trair, uma “santa” pode ser pior, etc!” Mal sabem elas que a repulsa masculina às mulheres com passado movimentado não é por achar que serão traídos, até porque homens e mulheres que vivem pegando geral são muito carentes e acabam sendo bons namorados(as) quando acham alguém que os acolha. A repulsa é porque homem é um eterno competidor! Ele simplesmente não suporta que a mulher tenha muito parâmetro de comparação em relação a ele, nem que caras que não tiveram compromisso algum com as suas amadas tenham feito de tudo com elas! Como na cabeça da mulher isso é uma besteira, pois para ela o que importa é estar junto, ela não entende e fica xingando o cara de machista e preconceituoso, e a briga não tem fim.
Assim como traição: é fato que a mulher se incomoda muito mais ao imaginar o parceiro apaixonado por outra do que transando com outra. Já o homem prefere que a mulher esteja sentimentalmente envolvida com alguém (mas sem agir rsrs) do que transando apenas pelo sexo. Mais uma confusão: fica a mulher jurando que foi só sexo, que não significou nada, que ama o parceiro, achando que vai melhorar sua situação, quando na verdade está irritando e magoando o parceiro ainda mais!
Ou seja, homens e mulheres: Não pensem que agir de determinado modo lhe dará o direito de exigir o mesmo do lado contrário: relacionamento não é contrato nem acordo judicial, é sentimento. E quando buscarem entender o parceiro (a), pensem de acordo com a cabeça deles, e não com a de vocês mesmos. E o principal: sejam coerentes com suas atitudes, que os resultados certamente virão!