Colaborador escreve sobre sua experiência ao ter assumido relacionamentos sérios com garotas de programa. Será que ele vai dizer o que você pensa que ele vai dizer?
Sempre tive amizade com GP, não aceito que as chamem de putas, vagabundas ou prostitutas.
Quem condena não sabe das suas realidades, necessidades, do porquê estão nessa.
Quem as vê no seu trabalho, sempre alegres, sorridentes, não sabem das suas vidas.
Assim como não sabem como é a vida do palhaço sem maquiagem e fora do picadeiro.
Fui casado com uma por mais de uma década, temos uma filha maravilhosa.
A conheci na rua e de vez em quando a trazia para casa, passávamos a noite juntos. No dia seguinte eu ia trabalhar e ela para sua casa, morava perto de mim.
Essas vindas foram se tornando cada vez mais frequentes até meus familiares ficarem sabendo quem ela era, o que fazia.
Não era de rua, mas sim de uma casa que morava com amigas e mãe de uma.
Digo conhecer na rua pois estavam indo tomar lanche e eu e um amigo abordamos o grupo de meninas.
Então fechei minha casa e fomos morar juntos, e a partir deste dia ela parou, vivendo apenas para mim e nossa casa.
Frequentávamos normalmente clubes sociais, restaurantes, enfim, vida normal.
Acabamos por dissentimentos totalmente fora do seu passado, era ótima esposa e mãe.
Hoje casada novamente, ainda temos amizade e inclusive o marido é meu amigão.
Depois tive outra que se hospedou em minha casa, já que não podia morar em seu local de trabalho (boate).
Acabamos nos envolvendo e namorando por quase um ano, também tivemos vida normal como qualquer casal, inclusive na sociedade e família.
Só tinha um “porém”, todas as noites a levava na boate, esperava, via ela subir para os quartos (doía) e no final do expediente volta para casa, voltava à nossa vida normal sem comentar nada do que havia feito ou deixado de fazer. Precisava de apenas um belo banho e era novamente uma pessoa normal como as outras.
Essa mulher acabou por querer se aventurar em cidade maior, em boate de grande porte.
Era bonita, graciosa, educada, antes disso era catequista, mas por problemas familiares necessitava de mais dinheiro para se manter.
Depois veio outra pelo mesmo motivo, não podia ficar na casa, tudo igual, até o motivo de virar GP.
Nos finais de semana outras meninas da casa vinham para a minha, eram muito amigas. Fiquei sabendo da história de cada uma, o porque dos porquês e quando souberem disso mudarão totalmente o modo de lhes julgar.
Em geral, elas são mulheres sofridas e com problemas. Ninguém está nessa (com raras exceções) por querer, por gostar, ter que se sujeitar a todo tipo de homem. Afinal, são julgadas como mercadoria, estão pagando e são obrigadas a fazer o que os clientes querem.
Respeito, compreensão é o que querem e merecem, são vidas, têm sentimentos.
Elas não são máquinas de sexo, depósitos de esperma e sacos de pancada…
Relato sincero e real, parte da minha vida.
Obrigado pelo espaço Luiza.
Por: “Veneno Suave“.