Leitor: Tenho 33 anos e ela 23 anos. Ambos vivemos em meios, tanto trabalho quanto faculdade, em que temos certa facilidade em encontrar parceiros, fora que ela ainda mantém vários contatos de quando era do Tinder. Como eu já não vejo uma relação como via há anos atrás, sei que hoje amor e sexo são coisas diferentes e, inclusive, tenho tesão em liberar ela pra sair com outros caras. Combinamos de ter uma relação aberta, onde quando surgisse alguém nos deixando com vontade de transar, seríamos francos, para sentar, conversar e nos permitir viver aquilo, sem jantarzinho, cinema, apenas o encontro mesmo com aquela finalidade. No entanto, ela morre de ciúmes ao pensar que estou com alguém e eu, na verdade, alimento essa possibilidade para ficar no mesmo patamar que ela, pois já curti bastante e apenas por um acaso bem grande surgiria alguém com quem eu sairia, apesar das oportunidades que tenho. Ou seja, ela quer que ela tenha o direito de sair com outras pessoas de vez em quando, o que me deixa com tesão, mas não consegue me liberar pra fazer o mesmo, o que acaba me incomodando, pois tenho medo de ela não querer uma relação de igualdade, apenas me vendo como sendo feito de otário. Devo seguir com isso ou não?
Ué, como assim você se sente sendo feito de otário se você mesmo disse que gosta e que sente tesão em vê-la saindo com outros? Acho que você está confuso com o que você realmente quer, ou então o que você quer não está batendo com o que ela quer. Você tem esse fetiche de saber que ela vê outros, ela gostou da ideia, porém, ela não quer que você faça o mesmo. Seria porque ela está sendo egoísta? Pode até ser que sim, mas acima de tudo é pelo simples fato de que o fetiche dela não é o mesmo que o seu. Você tem tesão em vê-la com outros, já ela não quer te ver com outras, simples assim!
Geralmente o homem que quer ver a mulher com outros não cobra o direito de também ficar com outras, pois o tesão dele está apenas na primeira parte. Porém, se você sente tesão na recíproca, aconselho que você encontre uma mulher que é a favor do amor livre, ou seja, do relacionamento liberal, porque essa dessa daí não está com a mínima vontade de te jogar no galinheiro das outras, rsrs.
De qualquer forma, o que eu mais gostei foi da sinceridade entre vocês dois. Ela podia ser uma bisca que sai com todo mundo e nem te avisa, e você poderia fazer o mesmo sem avisá-la, igual tanta gente no mundo tem feito por aí, mas não, até a “biscatisse” de vocês é negociável e isso é muito legal. O lado ruim é que, infelizmente, o problema de vocês não é falta de diálogo, mas sim um gosto incompatível mesmo. Se você gosta de ser “corninho”, você não é corno, nem otário – você está apenas realizando um gosto pessoal e satisfazendo o seu tesão, concorda? O problema é que ela não é obrigada a dizer que a recíproca é verdadeira só porque você quer que seja assim.
Eu no seu lugar tentaria encontrar uma pessoa que pratica amor livre, ou então respeitaria o gosto dela e me contentaria em ver realizado apenas metade do meu fetiche. Pense que ao vê-la com outros você tem a ganhar (o seu tesão), já ela ao te ver com outras não ganharia nada, só vontade de matar você e a biscate kkk. Entenda que nem todos terão o mesmo gosto que você e que esse problema não é uma questão de sentar e conversar: a não ser que ela libere por considerar justo, não porque sente tesão, entende? O que não sei se seria um bom negócio para você, visto que ao menos eu, no seu lugar, gostaria de ver minha mulher com tesão e realizada, não apenas me engolindo porque eu a forcei a gostar da mesma coisa que eu.
Boa sorte!