Defeitos: quem não os tem? Se você não quer terminar os últimos dias da sua vida sozinho, é fundamental que você aprenda a lidar com certos “erros de fábrica” de quem você ama, e claro, pensar no óbvio que diz que, tal como você, todo ser humano está muito longe da perfeição.
Muita gente termina um relacionamento por supostos defeitos que o parceiro(a) tem:
-“Ele era muito desorganizado“.
-“Falava demais“.
– “Era calmo demais“.
– “Estressado demais“.
E demais características que, muitas vezes, a gente até perdoaria se tivéssemos outra cabeça e pensássemos em outras coisas (que pretendo abordar nesse texto), porém, como não pensamos, simplesmente mandamos pastar e tudo fica assim: cada um no próprio mundo, reclamando que “não dá certo com ninguém” ou que é “exigente demais“.
Sabemos que suas questões podem até ser verdadeiras, porém, também não dá pra negar que sempre existirão chances de haver uma enorme falta de bom senso em você – que pode estar vendo apenas o que deseja ver em resultados diretamente proporcionais à sua delicadeza em ver, ou não, o contexto das coisas.
Explico melhor:
Concordamos que existem defeitos que “são imperdoáveis”, não bem em si e por si, mas sim devido ao nosso egoísmo. Queremos o perdão, mas raramente estamos dispostos a perdoar coisas que, se fossem com a gente, acharíamos exagero caso o outro não nos perdoasse.
Mas calma lá: apesar de constantemente aplicarmos a lei da tolerância zero a tudo aquilo que não envolve nosso próprio umbigo, também não precisamos relevar tudo, e é justamente aí que começa o texto:
Como saber se o defeito de quem eu convivo é “perdoável” pra minha realidade?
Existem clichês sociais no estilo: “se traiu eu não tolero“, “se olhou para o lado é pé na bunda“, e por aí vai. Porém, será mesmo que você precisa obedecer o que o padrão social diz, ou deveria pensar mais no que VOCÊ é capaz aceitar?
Não existe defeito melhor ou pior do que o outro, mas sim o fato de que o que é pesado para um, nem sempre terá o mesmo peso para o outro. E se é assim, nada mais lógico do que tomar a si mesmo como padrão para tomar decisões capazes mudar drasticamente a vida: seja para melhor, para pior ou em qual sentido for.
Pode soar bizarro (ou não!), mas tem gente que tem talento pra cuidar de gente bêbada e de viciados em drogas, mas jamais perdoaria uma traição. Por outro lado, tem gente que aceitaria numa boa um chifre ou outro, desde que fosse bem tratado(a) e o parceiro comparecesse às necessidades do dia à dia. Também tem gente que se o outro tiver dinheiro, esse é o preço que faz tudo valer a pena. E também tem os fetichistas, que se são complementares, fazem muita gente se perguntar qual problema haveria em um gostar de mijar e o outro de engolir… ou um de bater e o outro de apanhar.
E se cada um é cada um, o jeito é você descobrir quais são os seus pesos e as suas medidas
Não adianta seguir a cabeça da amiga que diz: ”Nossa, ele(a) fez isso contigo? Eu não perdoava!!“.
ELA não perdoava, mas e VOCÊ? Perdoaria?
Perdemos tanto tempo pensando em padrões alheios, que nos esquecemos dos nossos próprios padrões.
Eu pessoalmente nunca achei defeito um homem ser antissocial, ficar enfurnado em casa ou até mesmo gostar de ficar um tempo sem cortar barba e cabelo (desde que tomasse banho direitinho, claro kkk). Porém, se ele fosse muito baladeiro e gostasse de beber, eu me importaria, e muito! Sabe por quê? Porque esse é o meu padrão, que mesmo que os outros achassem ridículo, continuaria existindo.
Já o namorado da Joana não tem criatividade nenhuma. Todo aniversário e toda comemoração é sempre ela quem escolhe onde ir e o que fazer: tem vezes que ela escolhe até as roupas dele! Ele não tem opinião para nada, diz que tem preguiça de pensar. Ela fica triste e esperava que ele fosse um homem “mais atitude”, mas também diz que as qualidades dele já são suficientes pra cobrir todos defeitos do moço. No fundo, ela tem esperança dele mudar, mas sabe que se isso não acontecer, ainda assim se casaria (feliz) com ele.
Já Vanderleia namora um alcoólatra. Com esse ela jamais se casaria! Ela fala que é pesado demais. É triste demais, ainda mais porque o pai dela era alcoólatra e batia na mãe sempre que bebia, o acabou gerando um trauma triplamente maior em relação à bebida. Porém, ainda assim, ela cisma em perder tempo com ele, mesmo sabendo que se arrependerá no futuro e que esse é o preço a ser pago por sua carência. Ao invés de reconhecer seus limites, procurar ajuda e tentar mudar, Vanderleia quer se forçar a ficar em uma situação que ela sabe que seria incapaz de sustentar. E é claro que ela sabe que está errada. No fundo, todo mundo sabe quando está errado: basta saber se está infeliz.
E olha que irônico: Mariana, que é amiga de Vanderleia, passa por situação semelhante, com a diferença de que essa sim pretende se casar com o namorado! Ela sabe que, ainda que sofra, nasceu com o dom para cuidar dele. É como se esse fosse o destino dela – ainda que ela tenha vários outros homens como opções reais e que dariam tudo pra ficar com ela. Sem contar que, na maior parte do tempo, ela milagrosamente consegue separar o problema com as bebidas do resto da vida do casal, e ainda alega que o que ele faz é muito melhor do que o monte de homem traidor, que transa mal e não dá carinho que tem por aí! Ou seja, ele a faz realmente feliz apesar dos 20% de tristeza que dá.
É claro que Mariana ficaria imensamente feliz caso ele mudasse de vida, mas ela também sabe que, caso nada mude, ela não só conseguiria viver bem, como saberia que fez a escolha certa. Além do mais, ele não fica agressivo, nem chato quando bebe: fica só morgadão no canto dele mesmo. Ela também jura que não tá nessa por falta de autoestima, nem por medo de solidão, nem por carência! E isso já significa muita coisa! Se ela não estiver nos enganando e nem se enganando, claro….
E o que dizer sobre tudo isso?
Simples: no fim, o melhor mesmo é saber qual chinelo é realmente adequado pra você. Sem essa de precisar forçar pra que ele sirva, mas também não querer que ele fique 100% adequado. Afinal de contas: se for pra esperar perfeição, ninguém mais fica com ninguém.
Um brinde a todos os humanos do meu Brasil?
49 Comentários
Esse texto, pelo que eu li, é um desdobramento do anterior, o da virgem perdoadora. Lá a Mika tá pregada numa cruz, porque inovou ao se colocar ao lado do “traidor” e pelo que entendi, ela não acha que seja questão de perdão, mas aceitação de um fato… Mas o curioso, que pelo que entendi do teu texto, Luiza, aqui você reforça a relatividade e o peso que o individual tem que ter nas nossas escolhas. Nada de padrão social imposto. Mas lá naquele post “cristão”, com a virgem e a crucificação, o tom era que trair…. Isso não!
Num entendi… Eu disse que PAUM 2016, nova temporada, prometia…
Tive que rir do seguinte: “…o namorado da Joana não tem criatividade nenhuma … Ele não tem opinião para nada, diz que tem preguiça de pensar.”
Certa vez tomei um safanão seguido de uma ordem: ” Para de pensar tanto, Carlos ” !
Nunca obedeci, e pensando nesse texto, acrescento o seguinte:
Parece que o comportamento da humanidade é como um elástico. Devamos estar no máximo da esticada, prestes a recolher… O que eram os relacionamentos, até onde nossa visão do passado permite? Um homem encontrava uma mulher, pedia licença pros sogros, casava e isso deveria durar até a morte de um dos noivos. Existia felicidade?
Tudo depende da expectativa que se tem, então passar uma vida inteira ao lado de alguém que se descobria não ser exatamente o sonhado, poderia, ainda assim, se ter felicidade, já que não fazia parte do pacote, a possibilidade de troca.
Na nossa realidade atua, não precisamos nos submeter a nada que nos desagrade. Mas essa conquista que os indivíduos modernos obtiveram acabou trazendo um inesperado efeito colateral: Ficamos mais intransigentes e os relacionamentos mais voláteis. É que fica difícil admitirmos que para ” ter (um relacionamento) é necessário deixar de ter (a individualidade absoluta) “. É algo que soa contraditório aos nossos ouvidos, mas para ter mais é necessário ser menos… Uma matemática esquecida que necessita ser reaprendida.
Carlos, esse texto existe faz tempo! kkk Não é a primeira vez que a gente fala sobre coisas ”perdoáveis ou não” no site
porémmm, a MI, conforme disse a ela naquele post mesmo, me estimulou e muito revisar esse texto e postar kkkkkkkkkkkkkkkk
“Na nossa realidade, não precisamos nos submeter a nada que nos desagrade.”
pois é, o duro é se casar com alguém disposto a cumprir essa máxima, aí fedeu kkkkkkkkkkkkk
“É que fica difícil admitirmos que para ” ter (um relacionamento) é necessário deixar de ter (a individualidade absoluta) “. É algo que soa contraditório aos nossos ouvidos, mas para ter “mais” é necessário ser “menos”… Uma matemática esquecida que necessita ser reaprendida.”
Muito bom! kkkk
Aguardo vc e o Victor como um dos colaboradores de 2016, tem coisas q vcs falam q fico pensando como seria um texto com vcs aprofundado o tema kkkkk Muito bomm
Tá certo… Coloquei como tarefa prioritária concluir os textos (quatro) que pretendo te enviar. E também aguarde uma surpresa pros “leitores” do Carlos…
Menos inspiração e mais transpiração…kkkkkkk
Vai se mostrar pra gente em 2016?
será será será?
UIAAAAAAAAA!
Isso nem eu sei… mas eu vou ampliar o meu papo furado…
Acho que entre uma ou duas semanas no máximo te mostro, e depois libero geral…
Carlão veio quente fervendo pra esse ano!
goxtei
hot hot hot
muito hot! kkkkkkkk
“Esse texto, pelo que eu li, é um desdobramento do anterior, o da virgem perdoadora. Lá a Mika tá pregada numa cruz, porque inovou ao se colocar ao lado do “traidor” “…e pelo que entendi, ela não acha que seja questão de perdão, mas aceitação de um fato…”
E tu, Boca da Verdade, sábio Oráculo de Delfos, dona de todas as respostas… Onde estavas?
Enquanto o namorado da virgem, como o próprio Judas, era pendurado no “post” e malhado em “blog” público?
Quando eu, num súbito ato de flagelo verbal fui chamada de “doida”… enquanto a turba ecoava: Também achei doida! Também achei doida!
E quando eu ali, içada por cravos de injúrias, clamava por misericórdia… ?
Olhei para a multidão ensandecida procurando e… Nada!… Ninguém!…
Mas quando toda a esperança se já se esvaía, e lágrimas de sangue se misturavam à saliva hissopada de vinagre e fel, uma voz ecoou das profundezas do fosso sagrado:
– NOSCE TE IPSUM
Graças a Deus não sou a única doida desse blog! rs
Um feliz 2016!
Eu estava recarregando minhas forças. 2016 há de ser o ano da minha reinvenção.
Mas não se fie muito em mim… Crucificação, eu não gosto, mas uma tocha…. Taca fogo e curtir as labaredas, acho mais estiloso…hummmm
Felicidades Mika.
Sei… Não gosta, mas depois que já estava tudo acabado foi lá dar uma espiada pra ver se os Corvos já tinham comido os olhos… rs
Concordo com VC Carlos..e não obstante , os padrões morais e de caráter sofreram muito com essa tal .modernidade…..egoísmo fala muito alto..o cada um por si…
Então quer dizer de to desempregado ninguem e da emprego justifica eu roubar…a mão roubar não pode.
E roubar tempo e investimento de alguém , alem de roubar a paz e causar da os a outrem pode…?
Pode por que não tem Lei….
Políticos Brasileiro não ta nem aí com chifrudos os chifrudas.
A verdade e que te muita gente que não trai..namorei comulhetes que não trai..e nunca vão trair independente quem..porque trair e deficiência de Caráter , e da pessoa..quem trae traíra qualquer um que puder..
Não deveria ter Perdão para traição..
Deveria dar cadeia..
Mas nesse Pais que governantes vivem traindo o povo..não tem Caráter
Aliás de onde eles vieram , do Povo acredito..Culturalmente estamos apodrecidos Caráter hoje em dia e coisa rara..
Não estou dizendo que deva ficar casado ou tipo. Ou seja o que for. Não ta bom chega e diz ..não da mais
Será que e tão difícil..Se um dia der certo volta..agora trair..?
Eu tive o prevegio de nunca ser traído por observar o Carater sempre..
Caráter fraco , e facilmente percebido depois de um tempo….existe sinais..
A Lu disse outro dia que tenho trauma de chifre..klkk , não e verdade , não suporto gente mau a Caráter.
E exemplo ..tem gente que só fica..e ser mau caráter só ficar… Não.. Claro que não, o.que combinado não e caro..
Relação aberta e falta de Caráter , não os dois tem casos e mão e traição.. Esta no acordo..
“Eu tive o prevegio de nunca ser traído…”
Olha… Isso é como afirmar que ela gozou. Como podemos ter a certeza absoluta? kkkkkkk
Infidelidade não é moderno, o que os tempos atuais estão trazendo de novo é a consciência disso. Tá difícil ignorar, tá na mesa de jantar da família.
Kkkkkk , eu acredito que nunca fui ..porque nunca esperei pra ser…mas VC tem razão não podemos ter total certeza…apesar de não ter arrastado telacionento…
A infidelidade oculta me faz ficar com a pulga atrás da orelha, aliás… ou elefante. kkkkkkk
E se fosse também sem problemas lavo ta novo ..
Chifre , não e problema..pior e aguentar as temperamentais.. A que bom.seria levar chifre e a mulher chegar sorridente , suave e doce…kkkmm
Problemas são as mocreias que fazem da vida um inferno…
é isso mesmo, penso do mesmo jeito. Mesmo quando pedimos conselho o nosso peso que deve ser levado em conta, a forma como julgamos as coisas.
Dizem que os opostos perduram porque, assim como as peças de um quebra-cabeça, são as diferenças que se encaixam. As qualidades de um amenizam os defeitos do outro, e vice-versa.
Se amaram por anos porque o jeito explosivo do Mauricio se encaixou na paciência infindável da Fernanda; a eterna indecisão da Verônica se encaixou com a postura decisiva do Ricardo; o Antônio – todo desorganizado – se encaixou perfeitamente na Martha, a sistemática.
Todos temos nossas tolerâncias e intolerâncias. Há quem perdoe uma traição e há quem prefira a morte. Resta saber o quanto aquele defeito lhe causa dor, o quanto você pode suportá-lo. Classifique: é defeito ou desamor? É deslize ou desrespeito?
Nada como estar ao lado de quem já conhece o pior e o melhor de você – e resiste. O jeito é encontrar essa pessoa cuja maior qualidade seja tolerar seus defeitos. Alguém que conviva com seu jeito humano-falho e te convide a ser melhor todos os dias. Alguém por quem valha a pena tentar errar menos.
Não creio que os opostos se atraem…atração física blza. Ficar, permanecer e viver com alguém culturalmente muito diferente não é fácil. Geralmente não acaba bem.
Acho que ninguém se relaciona com uma pessoa 100% oposta. Os valores devem ser semelhantes, do contrário, o convívio seria mesmo um caos.
Como o texto trata de defeitos, analiso a compatibilidade de pessoas com defeitos opostos. Um que fala muito se atraindo por quem fala pouco, o estressado se atraindo pelo calmo, o apressado se atraindo pelo paciente, etc. e etc…
Na minha opinião, é assim que se encontra o equilíbrio nas relações. Dois bicudos não se bicam, já diziam nossas avós. Lembrando, mais uma vez, que aqui me refiro às peculiaridades de cada personalidade e não aos valores socioculturais.
São os complementares que se atraem.
Sim. =)
O meu espelho não me completa, me reflete. Busco no diferente o que não encontro em mim, para preencher os meus espaços falhos/vazios/carentes de complemento.
Também não nos relacionamos com uma pessoa 100% igual, até mesmo pq as pessoas são diferentes, basta analisar dois irmãos criados sob o mesmo ambiente e condições.
O que disse é que quando nos relacionamos com alguém culturalmente diferente (diferença gritante), geralmente, o relacionamento tende a não ter um final feliz…ou melhor, não há “felizes para sempre”.
Veja só, meu pai foi criado na fazenda e cidade interiorana; a minha mãe foi criada na cidade grande. Os dois estão há 33 anos juntos e ainda assim sofrem com as diferenças. Digo mais, não se separam por conveniência.
Poderia citar N casos em que diferenças sócio culturais que não trazem bons frutos.
Pequenas divergências é super ok, mas grandes abismos…aí não cola.
Eu jamais daria certo com um homem que curte sertanejo, axé, funk e forró, ou ainda, que fumasse…não gostasse de ler ou que fosse baladeiro.
Esses pequenos detalhes, transformam um cotidiano. Não é ser mimizenta, mas usar a razão a favor do bem estar mental de um relacionamento.
Mas foi o que ele disse: “me refiro às peculiaridades de cada personalidade e não aos valores socioculturais”.
Eu concordo que pessoas com valores muito diferentes se estranham. Mas quando se trata de personalidade, as diferenças equilibram a relação.
Diferenças gritantes não levam a um final feliz mesmo. Talvez nem levem a um começo.
Concordo plenamente Victor, pois tudo nesta vida passageira é um verdadeiro aprendizado…
Vc está certa os opostos não se atraem, tecnicamente eles colidem e se destroem ou na melhor das hipóteses se anulam, ou se não possuem a mesma intensidade o mais fraco é exterminado,
As vezes penso, quem é que tira os termos do conceito original e adapta porcamente em outro conceito, ainda me entristece ouvir “quem tem boca vai a Roma”
Talvez por associação. Devem achar que é a mesma coisa que o “Todos os caminhos levam à Roma!”
Entretanto, possuem significados opostos. Um era dito pelos próprios romanos, o outro pelos povos conquistados, que os odiavam. 😉
li uma vez que o certo era vaia Roma, do verbo vaiar, o famoso huuuuuuu, agora como isso se transformou em ir eu não sei
o espantoso é que certos dizeres são mais velhos que a existência e não acho que seja somente eu que não vejo sentido neles, então como essas coisas sobrevivem por tanto tempo?
O ser humano é capaz de se adaptar as mudanças, mas quando falamos de cotidiano e essência da personalidade, aí fudeo.
Como disse ao Victor, estar com alguém que tenha os mesmos hábitos, costumes e formas de pensar não quer dizer que vc viverá numa eterna zona de conforto, justamente pq a similaridade não é sinônimo de igualdade. Assim é muito mais fácil e prazeroso partilhar gostos com alguém que curte as mesmas coisas que você.
Conviver com alguém intolerante é diferente de conviver com um “esquentado”, são minúcias…
No mais, saber ceder quando aparece uma ou outra diferença é fácil, difícil é estar com alguém que é seu oposto em tudo!
Ideologia semelhante, modo de agir diferente. Acho que é a melhor fórmula, viabiliza a cooperação e mantem a atração.
Exatamente. Os ideais devem ser iguais, mas se o modo de agir semelhante, além do tédio, a coisa não flui.
Concordo. Acredito que os relacionamentos que dão certo são os baseados em afinidades (interesses em comum). Se não nem um canal de televisão conseguirão assistir juntos.
É exatamente o que penso. Essa analogia das peças de quebra-cabeça é ótima. Peças iguais simplesmente não se encaixam. Obviamente isso não se refere aos extremos, porque obviamente pessoas com valores totalmente opostos terão atritos. Mas a vida não é mesmo literal e exata. Gostei da análise.
Que chato seria se fosse literal e exata. =)
Grande parte dos relacionamentos terminam quando nos damos conta de que a pessoa pela qual nos apaixonamos (geralmente uma idealização, uma projeção das nossas expectativas) não existe. E, ao invés de nos permitirmos experimentar esta relação “imperfeita”, partimos em busca do que consideramos o par ideal. E assim sucessivamente até quem sabe percebermos que:
“Nada como estar ao lado de quem já conhece o pior e o melhor de você – e resiste. O jeito é encontrar essa pessoa cuja maior qualidade seja tolerar seus defeitos. Alguém que conviva com seu jeito humano-falho e te convide a ser melhor todos os dias. Alguém por quem valha a pena tentar errar cada vez menos.”
Perfeito. E, como complemento, conhecer o pior e o melhor do outro e igualmente resistir. Acredito que casais que chegam neste estágio são os mais unidos e felizes.
Não afirmo aqui que devemos tolerar e perdoar o que nos faz mal e nem impor ao nosso parceiro que nos aceite incondicionalmente, e sim que, quando encontramos aquele que tem os “defeitos certos”, conseguimos ser verdadeiramente felizes.
Complementou muito bem, Eva! =)
É isso aí, se todos temos defeitos, o jeito é buscar quem tenha os defeitos certos para nós, com os quais podemos conviver.
Realmente, ninguém é perfeito. Mas àquele que tolerar as imperfeições e ainda assim conseguir amar, respeitar e conviver em harmonia, cultivando o amor ao invés do ressentimento e das mágoas de coisas não ditas, será feliz e fará alguém feliz.
A balança da decisão “perdoo ou não” está baseada na felicidade/bem-estar proporcionada, ou seja, independente dos “defeitos” se a pessoa é mais infeliz que feliz, separe!
É muito difícil viver a dois se não houver maturidade para aturar os momentos difíceis como uma ponte imaginária até o alívio dos momentos em que a felicidade é plena.
Oi Mariana, tudo bem?
Concordo com tudo que escreveu, principalmente com:
” ou seja, independente dos “defeitos” se a pessoa é mais infeliz que feliz, separe!”
Eu me fiz duas perguntas parecidas quando namorava:
– A ideia de estar com ela me deixa feliz ou triste?
– Infeliz….
– A ideia de não estar mais com ela me deixa feliz ou triste?
– Feliz…
A minha questão era que eu não estava sendo sincero comigo mesmo e esse conflito me torturava.
Então depois de uns dias terminei o relacionamento isso tem uns anos e às vezes quando lembro eu me sinto muito aliviado, e sempre digo ufa ainda bem que acabou!
Tem horas que não é conselho que queremos é ouvir as perguntas certas e um pouquinho de coragem para sermos sinceros e respondê-las.
Um abraço!
As vezes as opiniões que pedimos servem como confirmação do óbvio ou um aval para decisões.
A coragem necessária para as mudanças nem vem fácil 🙂
Concordo com ambos
eu sofro um pouco com isso, as vezes quando peço conselho e a pessoa faça ”uai mas vc já escreveu sobre isso”, aí eu falo: mas idaí? Quero ouvir oq vc pensa, nem q seja pra confirmar oq eu penso (ou não)
o fato é que coisas externas nos ajudam a confirmar pensamentos internos, e pq não, criar coragem
A vida inteira a gente sofre de problemas com dinheiro, problemas com a família, problemas no trabalho, problemas nos meios de convívio…
O primeiro diferencial é como cada um de nós lida com isso… e o segundo é como a pessoa que está ao nosso lado também lida com isso…
Todo final feliz de novela/desenho/filme da aquela ideia de conclusão de todos os problemas, de que se encontraram as respostas pra tudo…A real é que nós humanos somos indivíduos inconclusos em incessantes buscas.
Há dias em que a pessoa ali ao seu lado, não sente a mesma vibe, não está afim da mesma coisa, não curtiu uma idéia sua que parecia brilhante, e que vocês dois parecem estar simplesmente num momentinho mais morno e entendiante… E isso não é sinal de falta de amor, ou de atração…
Quando pedimos um conselho de algo concreto para alguém tipo como troco resistência do chuveiro, como formato o computador, como faço para ver os vídeos do computador na tv?, isso são coisas concretas tem só alguns modos de fazer.
Quando pedimos um conselho de algo não concreto para alguém tipo perdoar uma traição, ou fazer ela falar mais dos sentimentos, é algo não concreto não tem resposta absoluta é relativo, depende dos meus princípios e valores no que eu acredito.
Tenho a impressão que às vezes não queremos conselho nenhum queremos só algum tipo de alvará, um indulto, apoio para fazermos o que queremos. Que alguém fale o que queremos fazer não o que não queremos.
O que funciona muito bem é você pedir opiniões e entender que são apenas isso mesmo, opiniões e depoimentos, vários pontos de vista para uma situação.
Tendo esses vários pontos de vista você vai ter que usar a cabeça e o coração para filtrar segundo seus valores e princípios para saber se faz ou não faz a coisa . Isso deveria servir para todas informações que a televisão e jornais passam, temos que filtrar.
Para uns uma coisa é muito importante e para outros já não significa nada, pois cada um tem seus pesos e medidas. Posso ser gentil e fazer um exercício de empatia, tentar me colocar no lugar do outro para ver se consigo calçar o sapato que ele usa e imaginar sentir o que ele sente para não ser hum… insensível seria essa a palavra?
Luiza já começou o ano arrasando nos textos! Quero ver se esse ano consigo colaborar com algum também!
Namorei com minha atual noiva por 6 anos e atualmente estamos há 1 ano noivando. Como namorada ela é perfeita (inteligente, divertida, carinhosa, boa de cama, safadinha), mas ando com dúvidas se ela será uma boa esposa. No trabalho ela é toda proativa, preocupada, dedicada. Já em nossos objetivos conjuntos, ela é completamente sem atitude e descomprometida. Sobra tudo pra mim. Parece uma criança mimada. Acabo me colocando no papel de pai dela de tanto que eu fico dando bronca e pedindo que ela se atente mais nos assuntos do casal e que me ajude a não me sentir tão sobrecarregado. Por vezes, na divisão de responsabilidades financeiras ou em planejamento de viagem, ou ela esquece, ou faz pela metade, ou não lembra o que combinamos. São fatos recorrentes. E isso me irrita tanto que não consigo nem olhar pra cara dela por alguns dias.
ta ae uma boa pergunta parceiro, uma boa namorada será necessariamente uma boa esposa? nunca havia pensado nisso!
Luiza seu ultimo paragrafo me fez pensar numa versão alternativa de Cinderela.
Ve se não é legal, príncipe encontra Cinderela e acha ela fantástica, mas ela tem que ir embora por vários motivos, mas acaba deixando o sapato, então ele sai procurando ela até que finalmente encontra, mas ela já é comprometida com algum boçal que mesmo perdendo no confronto direto, é rei de um reino maior e cheio de recursos logo não vale a pena entrar em confronto.
os cavaleiros do príncipe dizem que não da nada, pois ta cheio de outras meninas que usam aquele mesmo numero,mas como não conhecem nenhuma, com o tempo passam a culpar o próprio príncipe de ser exagerado, então pra não ficar ouvindo “e as namoradinhas” dos tios chatos no final do ano ele fica com uma das irmãs que serraram o pé para caber no sapato mesmo sendo mais legal assistir corrida de lesmas do que ouvir a voz da pessoa! fim
Fala ae só mandar pra Disney né uahsuhushuahusuhaus!
Complicado isso… eu creio que escolhas individuais não tornam certas posturas aceitáveis ou adequadas…
Alguém por aqui considera uma ideia feliz quando o seu par se comporta de forma desleal?
Alguém por aqui considera bom sofrer agressão física ou verbal na vida a dois?
Perfeição não existe, complementação exata e sincronia impecável é algo que nem as máquinas alcançam. Mas, “eu gosto de batata frita e ela detesta batata ” é muito diferente de “eu sou fiel, porém fulana confessou que é viciada em sexo e me traiu n vezes”…
Eu sugiro que as pessoas questionem o que andam querendo tanto da vida amorosa, tanto quanto questionem o que estão querendo “de” e “para” consigo mesmas na vida como um todo.
Não adianta continuar com os mesmos maus hábitos, com as mesmas crenças de baixa estima.
E quando somos de religiões diferentes?