Leitora: Namoro há quase 3 anos, tenho 25 anos e meu namorado 31 e até agora não temos uma vida sexual ativa! Ele tem disfunção erétil, mas está em tratamento, só que mesmo assim ele não se sente motivado pra transar, diz que sente que no dia a dia os remédios estão fazendo efeito, mas parece que mesmo assim a vontade dele é quase zero. Não temos espaço para ficarmos a sós, ele mora com os pais e não gostam que eu fique lá direto e na minha casa também não dá. Quando os pais dele saem, ele não se anima, raramente ele aproveita a oportunidade. Ele já falou em motel, mas na hora de pôr em prática nada acontece. Já toquei nesse assunto e não adianta. Estamos sempre juntos, ele é um namorado atencioso e bom pra mim. Não entendo como um namoro pode dar certo no dia a dia e quando chega na parte sexual é terrível. Eu não me sinto e nunca me senti à vontade para tocar nesse assunto com ele. O silêncio e a aparente falta de desejo dele me inibem, além de ser um assunto delicado. Uma parte de mim diz que o sexo não é tão importante num relacionamento, mas outra parte diz que 50% de um relacionamento é sexo. Preciso de um conselho! O que faço?
Resumindo: sua parte da negação diz que sexo não é tudo em um relacionamento, mas a parte racional diz que é 50%, rs.
Não que todo mundo supervalorize o sexo, mas convenhamos: se você fizesse parte dessa exceção que acha que é de boa ficar sem, não estaria mandando email, logo, não adianta se enganar e vamos tomar uma providência antes que você se case com o bofe, fique com a vagina seca e se arrependa depois, rs.
Veja que a parte mais difícil para os homens ele já fez, que é procurar tratamento. Mas me diga uma coisa: ele está frequentando alguma ajuda psicológica ou apenas tomando os remédios? Não sei se você sabe, mas o maior motivo para muitos homens broxarem não está em problemas físicos, mas sim na cabeça. E aí, se broxar virar um hábito, vira uma bola de neve na qual ele achará que rolará sempre e acabará rolando mesmo! Sem contar os outros fatores psicológicos, tais como depressão, ansiedade, etc – que se juntarmos uma coisa com a outra, lá vem bomba. Só não se engane que ele não transa porque na casa dos pais não dá, ou por “falta de tempo/motel”, etc. Quem quer, minha amiga, vai até pra China a pé, quem dirá fazer um sexozinho gostoso que em qualquer meia hora qualquer um faz, rs.
Tem conserto? Tem! Mas ele tem que se ajudar e ser sincero com ele mesmo. E a senhorita também!
Agora vamos ser sinceras: se isso SEMPRE aconteceu com vocês, não dá nem pra falar que é rotina, ou algo do tipo, e aí, fora a opção de ser um problema com ele – no sentido do que disse acima – também não podemos desconsiderar a hipótese da “falta de amor”. Tá, eu sei que, em geral, homem quer pagar de machão que senta a pica em todas, mas a gente sabe que não só mulheres, como muitos homens correlacionam amor com sexo, né? E aí, é sempre bom pensar nessa hipótese também.
Aí um leitor lê isso e pensa:
“Ah Luiza, nada a ver!!! Eu sento a rolada mesmo sem amar porque eu gosto de sexo!!!! Tendo peteca eu tô dentro!”.
Mas ele é ele. E seu marido, será que é assim?
E outra coisa que parece argumento zoeira, mas é muito sério: será que ele é gay? Já vi muita coisa nesse blog em relação a homens que têm problemas emocionais, etc e por isso broxam, “ok”! Mas também já vi caso do homem que é gay e nunca conseguiu “funcionar” 100% por causa disso. Aí depois que sai do armário funfa que é uma beleza!
É isso minha amiga, leia esse texto com carinho, e se possível, mostre para ele também. Daí vocês debatem sobre os prós e contras, quais bobeiras e quais bolas dentro eu e os comentaristas demos – daí vocês chegam às conclusões de vocês. Só não se engane, porque pelo o que senti de você, você é como eu: por mais que o cara diga que ama, a gente quer se sentir desejada, né? E mesmo para quem acredita que sexo não prova nada, vale muito pra nossa autoestima.
Por fim, a depender do desenrolar da situação, procure uma ajuda psicológica também, vai te ajudar a lidar com ele e com você mesma nessa situação. E claro, assistam ao vídeo: broxei e agora?
Boa sorte!