Leitor: Conselhos… Por favor! Tenho 38 anos, sou separado e tenho um filho desse relacionamento! Minha namorada faz de tudo para não estar na presença do meu filho! E chegou a dizer que temos sim um relacionamento maravilhoso, mas ela não quer se envolver nisso, pois diz que não cabe a ela isso, pois o filho não foi feito com ela! Estava até tentando levar numa boa! Pois pensei que poderia ser algum medo ou insegurança! Mas que as coisas chegaram à um ponto dela dizer coisas como “não quero ouvir o nome dele esse final de semana”, “Pare de dizer o quanto o ama”!
Desculpe! Mas eu a chamei de egoísta! Onde já se viu dizer amar e querer algo mais sério sendo que ela diz querer, mas ser capaz de dizer que meu filho não teria direito de ter um quarto em nossa casa se nos casássemos!
O que faço? Estou sendo insensível ou algo do gênero?
Meu amigo, você tem dúvidas de que ela sente medo e insegurança? É claro que sim!!! Ela tá querendo disputar um lugar que simplesmente não existe com seu filho. E apesar de ser algo óbvio, ela não tá entendendo que o amor entre homem e mulher é uma coisa e que o amor entre um homem e seus filhos é outra completamente diferente! Certamente ela pensa que você só poderá ter “um amor maior”, e que esse favorito TEM que ser ela. Sem contar uma possível frustração por ela não ter tido um filho contigo, ou até mesmo o fato “dele lembrar a ex”. Rivalidade, ciúmes e ego meu amigo, já ouviu falar? 🙁
Porém, como no fundo ela sabe que jamais será “a única” (na cabeça de uma pessoa possessiva, que não sabe que rola de amar os dois, claro!), acaba surtando e simplesmente querendo sufocar o menino da sua vida! Ela não quer “se conformar que dói menos”, nem vencer pelo amor. Ou até mesmo se aliar ao menino e assim, fora viver em paz, ver se vocês se conectam ainda mais – mas sim vencer pela ignorância, lutando uma luta que ela sabe que não existe, mas que no desespero, é a única coisa que o cérebro bloqueado dela é capaz de processar!
Já ouviu a frase que diz que, quem muito pede pra escolher, acaba não sendo escolhido? Pois é! Primeiro porque filho tem que vir em primeiro lugar: ou você pretende trocá-lo por uma mulher que está claramente desequilibrada? Depois que ela precisa de ajuda psicológica para aprender a dividir o pão, ou simplesmente não se relacionar com homens que tem filhos – visto que nada justifica ela fazer da vida deles um inferno, né? Sem contar que se você a aceitar assim, com o passar do tempo, sua dor de cabeça só aumentará: não só em relação ao que já está acontecendo, como também porque ela poderá acabar criando o hábito de encrencar com todo mundo que ela desconfiar que “é concorrência”. E isso valerá para amigos, familiares e quem mais vier! Ou seja, um verdadeiro inferno que tenho certeza que você não quer viver.
Assuma seu papel de pai decente e que de egoísta não tem nada: muito pelo contrário, está sendo bonzinho até demais com sua namorada!!! E entenda que, se você quiser ser feliz, jamais poderá se relacionar com uma mulher que não gosta dos seus filhos. A gente entende que ela não é obrigada a aceitar um filho que não é dela, e pensando pelo lado positivo, ao menos ela foi sincera e não se fez de boazinha na sua frente. Porém, a gente também sabe que não é porque ela foi sincera que você será obrigado a aceitar esse tipo de situação altamente sufocante e negativa. Se a tampa não cabe na sua panela e não tem como você voltar seu filho pra barriga da mãe, você já sabe o que fazer, né?
No fim, a saída é muito simples:
1- Terapia nela! – Coisa que provavelmente ela não aceitará, por acreditar que “não tem nada de errado com ela e que ela não é obrigada a nada”.
2- OU termina e acaba com seu sofrimento e do seu filho. Na hora doerá e você sentirá saudades, claro. Mas a longo prazo, valerá a pena ao pensarmos que sua paz espiritual não tem preço.
Bola pra frente e caso não consiga sair dessa sozinho, procure ajuda psicológica!
Boa sorte!