Leitora: Boa Tarde, conheço um garoto desde a minha adolescência, mas só quando eu tinha 18 anos que ficamos juntos. O nosso relacionamento era bem aquela coisa de adolescentes, ficávamos todos os dias na casa dele, eu achava que isso era namoro, mas depois de um tempo, percebi que ele ficava com outras meninas além de mim, e com isso eu terminei com essa relação, mas depois de um tempo voltamos e começamos a namorar.
Eu sempre trabalhei muito, sou independente desde os meus 16 anos e ele até então nunca tinha trabalhado, teve o 1° emprego com 23 anos eu acho, mas o que me intrigava bastante é que eu sentia que bancava a relação e isso me deixava muito frustrada, pois eu não me sentia bem com isso, já ele não parecia se sentir tão mal, muito pelo contrário, ele ainda me induzia a comprar coisas pra gente comer com meu cartão e nunca se importou se eu iria precisar da grana ou não, tivemos uma relação assim por um bom tempo, nos meus aniversários ele nunca me deu um presente ou me levou pra sair, o máximo que ele fazia era mandar uma mensagem me parabenizando, já eu, sempre dei tanto pra ele como pra mãe dele.
Mas enfim, terminamos. Hoje eu tenho 25 anos e ele também, e por vezes a gente se encontra na casa dele, ou melhor, da família. Ele atualmente tá desempregado e, por incrível que pareça, ele parece ter aqueles mesmos hábitos, nessa sexta eu fui pra casa dele e ele foi ao supermercado comprar algo pra nós comermos e gastou 50,00 do meu cartão que eu dei, porque ele disse que não tinha dinheiro.
Eu fico me perguntando, por que será que ele age assim? E por que será que, quando ele tem, ele não me convida pra sair ou fazer algo legal??!
Eu gosto dele, mas ao msm tempo acho isso tão miserável e ele não, muito pelo contrário, se acha o máximo.
Me ajudem a entender tudo isso por favor
Miga, eu já entendi tudo: você gosta de agradar, morre de medo de se posicionar e, por isso, na frente dele fala (ou age) como se estivesse tudo bem. Porém, na hora de “reclamar”, reclama pra todos os seus amigos e familiares, menos pra pessoa mais importante: ELE!!
Entenda que quando você faz algo por alguém, a maioria entende que você faz porque quer e que no seu caso, “esse dinheiro talvez não te faria falta”.
“Nossa Luiza, mas eu só queria reciprocidade e um pouco de noção da parte dele”
Te entendo de verdade, porém, você já percebeu que, em geral, o ser humano é um pouco folgado? Que se você vai deixando, a pessoa vai indo, até chegar ao ponto que chegou?
O certo seria você falar que “tá sem grana”, “que dessa vez ele que paga”, ou algo do tipo. Não “pra ver retorno”, mas sim para testá-lo (no bom sentido) e assim ver se ele realmente se importa com você. Ou você acha que, por mais pobre que ele fosse, se ele realmente gostasse de ti, que ele não daria um jeito de te pagar um sorvete ou um miojão que fosse, por exemplo? E nem seria “só por gratidão pelo o que você fez por ele”, ou “por bom senso”, mas sim porque quem gosta, quer agradar: isso é NATURAL e automático de todos os seres humanos – inclusive dos mais folgados do mundo! Nem precisa da pessoa “pensar muito a respeito”. E se ele não pensa…..
Eu sempre falo que as duas coisas mais importantes que uma pessoa pode te dar (ao menos nessa nossa sociedade moderna) é tempo e dinheiro:
- Tempo porque em um mundo egoísta/antissocial, saber que alguém gastou esse “ouro” pra conversar contigo ou te fazer qualquer outro tipo de agrado, é porque sim, você é muito importante. Ainda mais com esse monte de escolhas que todos nós temos….
- E dinheiro porque, como hoje em dia raramente alguém dá algo para alguém, significa “que só ganha quem vale” (em um sentido metafórico, claro kkk). Sendo assim, se a pessoa te deu algo, é porque sim, você é importante de alguma forma pra ela: e nem precisa ser um carro não, pode ser um brinquinho de camelô, mas que a fez se lembrar de você, entende? Um telegrama, pombo correio, qualquer coisa que a gente veja que precisou de algum “esforço”, ou de no mínimo “uma lembrança” para ser formulada.
Tem gente que associa o “dinheiro a dinheiro” e o “tempo a tempo”, ou seja, como algo “puro e simples”. Porém, eu vejo essas duas coisas de uma maneira muito mais profunda.
No fim, é como nosso saudoso Samuel disse uma vez aqui no blog (adaptado em minhas palavras):
Ele disse que, quando ele não tá muito afim de uma menina, male mal vai um dogão e uma dolly. Porém, quando ele tá afim…. se esforça, né miga?
Ele tá falando sobre dinheiro? Não. Ele é milionário e por isso “dá algo”? Também não. Ele dá simplesmente porque quer agradar a pessoa que ele gosta. Simples assim.
Resumindo, me surpreende você ainda precisar que alguém te explique o óbvio, porque parece que você só quer se enganar e espera por “uma explicação milagrosa que te faça acreditar que talvez ele goste de você e só houve uma falha na comunicação”, entende? 🙁
Mas vamos lá:
Ele nunca te pediu em namoro (não que isso signifique algo, mas…), também ficava com outras e, por fim, duvido que ele sairia com você se fosse para ter que se esforçar por algo.
Aposto que ele devia sair só pra transar e pra comer (acertei? kkkk). Daí, só te falta se tocar do óbvio e entender que, a partir de hoje, não só com ele, como com qualquer outra pessoa, você tem que PARAR de oferecer as coisas que você simplesmente não quer – ou não pode – dar!! Parece que não é de coração, mas sim que você “quer comprar a companhia”, ou está com “necessidade forçada de aprovação”. Daí depois você só fica se matando de raiva, claro!
A regra é simples: dê quando tá afim e avise quando não pode! Fácil e prático assim…. De resto, não gaste nem 2 minutos do seu dia tentando agradar alguém. Sem contar que, cá pra nós, quando você tirar a mamata dele, acabará descobrindo se ele realmente gostava de você – ou do que você poderia oferecer! Concorda?
Boa sorte!