Leitor: Olá, bom dia! Bem, estou em um caso tanto que complicado… Namoro há 5 anos (tenho 25 anos e ela 23 anos) e agora me enjoei da minha namorada, o que faço?…
Poderia simplesmente terminar com ela, mas uma conversa que tive com ela, ela disse: “que não aguentava ficar sem mim, dependia de mim, que nunca imaginou que eu fizesse isso, pode entrar em depressão e preferia morrer ao me perder”… até me arrependi de ter falado com ela. Ela caiu numa tristeza grande, tento animar ela, às vezes consigo, mas ficou mais difícil de ver ela sorrindo…
AGRAVANTE: Tenho um namoro “moderno” com ela, moramos há 435 km de distância, quando vou para casa dela, dormimos juntos e toda família dela me trata e diz para todo mundo que sou esposo dela, coisa que não é verdade… Acontece que, depois de 5 anos, há um carinho por ela, mas não mais como mulher, como uma grande amiga, tanto que não tenho mais desejos por ela e nem saudades… E ela deixou a entender que se eu largar ela, iria caçar um jeito de morrer…
Agora estou em uma situação complicada, não sei o que fazer, jogo fora o sentido de minha vida e deixo de ser feliz para satisfazer ela? Estou com medo dela adoecer ou fazer algo pior se eu terminar com ela… estou em uma situação sem saída? O que posso fazer? Obrigado pela oportunidade de desabafar!
Nossa, que situação complicada!!!! Tenho certeza que no futuro ela ficará envergonhada por ter se feito tão de vítima assim, porém, como o presente é agora e a gente não quer que ela se mate, eu cogitaria algum desses itens. E se possível, até mais do que um deles.
Leia todos, adapte ao seu contexto e veja as soluções mais viáveis, ok?
1- Explique a ela que a admiração é o ingrediente básico do amor
Porém, entenda que ela está “doente” e não entenderá as coisas da forma racional que nós entendemos. É como se ela estivesse em uma escuridão e mal visse um palmo à frente dela.
Fale que você sente falta de quando ela era uma mulher mais forte, com sonhos, que lutava mais, etc. Que entende que ela sinta essa fraqueza em relação à vida e sinta preguiça em tentar se superar, visto que a vida é feita de fases e nem todas são boas mesmo. Porém, que se ela realmente se importa contigo – e com ela mesma – deveria tentar voltar a ser ao menos um pouco da mulher forte que ela era antes, já que imagino que, quando você começou a namorá-la, ela não era assim, né?
2- Terapia
Nem sempre conseguimos fazer tudo sozinhos, ainda mais se estivermos fracos demais para isso. E fica pior ainda se ela estiver com depressão (veja isso com carinho) e é exatamente aí que ela precisará de ajuda extra.
O ideal é que a pessoa que fará a terapia que pague por todo o processo, porém, como esse caso é de urgência, por que você não paga uma terapia para ela? Fale que, como você sente falta do item 1, que está disposto a ajudá-la a resgatar a autoestima, mas que ela tem que se ajudar também. Se ela vier com aquele papo de que a autoestima está ótima e que “só te ama demais”, explique que ninguém deve amar o outro mais do que a si mesmo. Ao menos não ao ponto de se (auto)destruir como está fazendo.
“Uai Luiza, mas você quer que eu a iluda que ficaria com ela, sendo que quero terminar?”
Não, mas pense comigo. Se ao que tudo indica você não terá coragem de largá-la nesse estado, concorda que criar essa “ilusão” positiva nela a dará motivos para lutar = aumentará a autoestima e, assim, as chances de aceitar o fora? Isso se ela mesma não te der um pé na bunda ao ver que você só estava dando migalhas pra ela! Se amar e se cuidar mais costuma abrir muito os nossos olhos, pode acreditar nisso!
E outra, mesmo que a chance seja pequena, também existe a possibilidade de você se surpreender e se “reapaixonar” ao ver que ela virou outra mulher e assim ambos revertem a situação.
Por um final ou pelo outro, acredito que ao pagar uma terapia você estará fazendo um super bem para os dois lados.
3- Família
Como é o seu contato com a família dela? Rola intimidade o bastante pra ter um papo reto? Se sim, converse com a mãe (ou o pai é mais tranquilo?) sobre isso, peça segredo e veja o que vocês podem fazer. Dependendo eles poderão te ajudar em coisas que você jamais conseguiria sozinho.
4- Dê bons conselhos e a coloque pra cima
Faça de tudo pra ela se sentir “a foda”, “a inteligente e capaz!”. Estimule-a a sair com as amigas. Enfim, um pouco do item 1 potencializado e aprofundado mesmo.
Presentei-a com livros sobre autoestima e faça coisas que você sabe que a fariam se sentir melhor. Ex: A acompanhe em um centro budista? Igreja? Parque ou alguma outra opção que você sabe que a faria se sentir mais forte? É claro que no fim tudo dependerá das escolhas – e de uma decisão final – dela. Porém, se você puder ao menos tentar fazê-la chegar um pouco mais perto da espiritualidade, isso com certeza a ajudará ter parte da força que precisa ter agora.
Beijos,
Lu