Leitor: Olá, Luiza, tenho 23 anos e minha situação é esta: sempre fui de me masturbar desde os 14 anos, era daqueles que deixava de sair para ter um momento a só. Como um jovem mais retraído que era, demorei um pouco a engrenar na fase dos relacionamentos, mas com uns 18 anos tudo correu mais fácil. Perdi minha virgindade junto com a atual namorada e sou muitíssimo feliz com ela. Só que o costume da masturbação ainda não consegui deixar de lado, geralmente uma ao dia na semana. Às vezes me pego com o pensamento: “poxa poderia ter passado esse tempo de prazer com minha namorada e não com esse vício”. PS.: NUNCA deixei minha namorada (o sexo com ela) de lado pela masturbação! Mas queria maneirar na prática solitária, até porque fico com “peso na consciência” depois. Te pergunto: Como posso deixar de lado ou diminuir consideravelmente essa mania? Muito obrigado pela atenção, abraço!
Rapaz, você está parecendo aquelas mulheres virgens que ficam se sentindo pecadoras só porque deram uma pegada na pepeca! Deixe disso JÁ!!! Nada de peso na consciência, se o troço é bom, tem mais é que fazer mesmo! Quer dizer, mais ou menos… Se você não desse conta do recado, ou na hora do vamos ver ficasse desmotivado porque já tinha sapecado tudo que tinha para sapecar, eu iria puxar sua orelha falando que você tem que mostrar mais serviço e tocar menos uma. Porém, se você está com energia de sobra e isso não está interferindo na sua vida, que mal tem?
Tudo bem que isso está interferindo na sua consciência, porém, acredito que ela só está doendo porque você está com preconceito sobre você mesmo. Você disse que você bate uma por dia todos os dias, e que às vezes você se sente mal porque você poderia estar dando esse momento de prazer para a sua namorada, “ok”, mas aí vem a pergunta: será que ela iria querer transar contigo todos os dias? Se ela não iria querer e, por sua vez, sempre que ela quisesse você estaria disponível, que mal tem? Você não está traindo, não está matando, muito menos deixando a patroa a ver navios, então está tudo bem. Respire, relaxe, vá tocar outra e ficar mais sossegado ainda, rs.
A meu ver, tudo na vida passa a ser um problema quando começa a atrapalhar o outro ou a você mesmo. Por exemplo: se você joga videogame, não tem problema, porém, passaria a ter se você deixasse de estudar por conta disso, engordasse mil quilos de tanta pizza que você pediu enquanto jogava e ainda por cima levasse um pé na bunda porque nunca comparecia com a namorada, entende? Do contrário e se você consegue fazer todos os seus afazeres, pode chamar isso de hobby saudável, essencial para a boa manutenção da qualidade de vida que todos nós merecemos.
O pulo do gato é você saber controlar o seu tempo e as suas prioridades. Se você sabe, nada mais justo do que você gastar o seu tempo livre como você bem entender, claro que sem prejudicar ninguém. Eu por exemplo gosto de escrever no meu tempo livre. Eu escrevo, você bate uma, o Ricardinho vai andar de bike e por aí seguimos a vida, todos felizes =)
Você já conversou com a sua namorada a respeito disso? Se eu namorasse contigo e você me contasse uma coisa dessas, eu só iria me incomodar se você deixasse de fazer coisas comigo para ficar descascando o nabo. Aposto que muitas mulheres prefeririam mil vezes que você ficasse bonitinho no banheiro interagindo com sua digníssima pessoa, do que saísse para o boteco com os amigos, bebesse todas e só voltasse para a casa de madrugada. Pelo menos no banheiro você está são e salvo e não tem nenhuma biscate lambendo suas orelhas, rsrs. Tudo bem que sua namorada também pode neurar em com quem você pensa na hora que se diverte, mas essa preocupação não seria anulada se você batesse uma uma vez por mês ou 7 vezes por semana, né? Sem contar que você pode pedir para ela uma foto bem gatinha e falar que usa ela para criar o seu pornô mental e pronto kkkk. É tudo uma questão de ser esperto e saber explicar direito =)
Por fim, em paralelo ao que disse, você também precisa ser sincero consigo mesmo. Tem homem que fala que algo que ele gosta de fazer não prejudica em nada só para legitimar o “erro”, do tipo tenta passar o migué nos outros falando que pode beber e dirigir à vontade que continuará espertão, visto que ele “é o fodão em tudo que faz”. É por essas e outras que ressalto a importância de você perguntar para a sua mulher – sem necessariamente dizer se você toca uma ou não em caso de você achar que não é a hora – qual é a opinião sincera dela em relação à vida sexual de vocês. Mas atenção, repare se ela está sendo sincera de verdade quando for dar a resposta, pois sabe como é, tem mulher que é educada até demais, tem medo de machucar o parceiro e acaba falando que está tudo lindo, maravilhoso e que ele é o rei da cocada preta, enquanto na verdade ele é um merdinha que mal sabe usar a língua e fazê-la gozar de verdade. Analise no contexto da situação, bem como no comportamento dela. Se no fim você concluir que ela está feliz, continue com as suas punhetas sem nunca se esquecer do limite entre o saudável e o perigoso.
“Mãos, para que te quero”?
Essa foi só para polemizar kkkkk
Boa sorte!