Leitora: Olá, tenho 20 anos, me casei com 17 anos com o homem que eu considerava perfeito, só que com o passar do tempo o amor dele por mim foi diminuindo. Quando tínhamos um ano de casados fiquei sabendo que ele e o ex-cunhado dele se pegavam no passado e recentemente um amigo da família me contou que meu esposo tinha um caso com um cara onde ele trabalhava quando era mais novo. Hoje, com 3 anos de casados, somos muito distantes, ele trabalha fora e vem pra casa só nos finais de semana, não se importa comigo e com nossa filha, sempre me viro sozinha. Para se ter uma ideia do descuido dele, quando ganhei neném ele não quis pegar licença paternidade, só me visitou no dia do nascimento da bebê e voltou pro trabalho. Me sinto sozinha, sem amor, sem zelo. Já falei com ele sobre isso e ele disse que ia mudar, mas não mudou. Tenho vontade de me separar, pois sofro muito, mas falta coragem pois gosto muito dele. O que você acha que eu deveria fazer?
Amiga, acho que você só não quer perceber o óbvio: seu marido é gay e, ao que tudo indica, só se casou com uma mulher para poder dar um feedback social e continuar às escondidas saindo com outros homens, sem que ninguém suspeite que ele é gay. Afinal de contas: ele teria uma mulher e uma filha, em uma típica família tradicional.
Sinceramente? Quem tem que mudar é você e aí, se ele também quiser mudar em consequência disso, ótimo. O que mais falta para você se dar conta de que ele gosta de outra fruta e que o problema não é contigo? Pelo menos não no ponto de vista sexual, visto que ele nasceu assim, vai morrer assim e não tem nada a ver com sua capacidade ou incapacidade como mulher.
O que tem a ver com você é apenas a sua falta de atitude em não conseguir largar um homem que não dá a mínima para você: não é um bom pai, não é um bom marido, não gosta da fruta, o que mais falta para você se decidir?
Acredito que o que você está fazendo é ruim para ambos: para você, que fica sem provar o sabor de ser amada por um homem heterossexual e que vai gostar de você e da sua pepequinha, e para ele, por acabar sendo motivado a nunca sair definitivamente do armário.
Por desencargo de consciência e para você não fazer nada que possa se arrepender no futuro, converse seriamente com ele a respeito da orientação sexual – sem discriminar, mas tão somente ajudando-o a se encontrar, enquanto ao mesmo tempo isso te ajudará a tomar um rumo na vida. Eu também poderia levantar a hipótese dele ser bissexual, mas nesse seu caso em específico, não importa muito: o que importa é que ele não está nem aí para você, e isso independe dele ser total flex ou semi flex.
O mais importante é ter a certeza de que, permanecendo ou não casados, não dá para viver com os dois se fazendo de desentendidos, né? Conversem que será melhor para ambos. E se vocês continuarem juntos, pelo menos será com cada um sabendo muito bem onde está pisando.
Se vocês decidirem terminar, lembre-se todos os dias de que você ainda é jovem minha amiga, ainda vai ter muito homem lindo, maravilhoso, cavalheiro, que te amará e te comerá gostoso por aí. Só que para arrumar um homem que te dê valor, você tem que se dar valor também. Se não, você só vai arrumar problema atrás de problema: temos e vivemos o reflexo do que procuramos, nunca se esqueça disso.
Assista esse vídeo com uma dica para esquecer alguém, ele te será útil.
Boa sorte!