Bom Dia! tenho 28 anos e namorei um homem da mesma idade por 5 anos. Durante esse tempo nos separamos uma vez durante 2 meses, por ele dizer que não se sentia amado. Voltamos, porém, após 1 ano ele terminou novamente pelo mesmo motivo. Sou carinhosa, mas ele quer que eu seja grudenta do tipo, por exemplo, de TODA vez que sairmos de carro ficar fazendo carinho na nuca dele e eu não sou assim…
Agora já há uns meses separados estou colocando na balança pra ver se vale a pena tentar uma reconciliação… A favor: eu o amo, gosto de tudo nele fisicamente e interiormente, pensamos igual, temos os mesmos objetivos, é bem sucedido, sem vícios, gostamos das mesmas coisas, foi meu primeiro homem…. Contras: ele é grudento, a família dele tem ciúmes de mim e é contra a relação, no sexo nunca senti orgasmo e como não tenho outra experiência, não sei se é normal.
Ele não aceita como sou fisicamente sempre querendo que eu perca peso, sempre cobra que eu ande impecável, bem vestida, maquiada e me sinto desconfortável por isso etc.. Gostaria de saber se vale a pena eu procurá-lo e tentar uma reconciliação, pois estou muito triste, sozinha e sem perspectiva de um futuro…
Tá, mas ele tá te procurando pra você ficar pensando se tenta ou não? Porque às vezes o cara já tá em outra e você tá toda pensativa à toa. E outra: você quer voltar porque gosta dele, ou é porque, como você mesma disse, “está sozinha e sem perspectiva de futuro?” = medo de não encontrar coisa melhor?
1- “Não Luiza, ele quer voltar sim e é justamente por isso que mandei a pergunta”.
2- “Ele não correu atrás, mas mesmo assim gostaria de tentar caso conclua que vale a pena”.
3- “Sim, eu gosto dele. Só acho ele meio pentelho e isso me coloca em dúvida”.
Em qualquer uma das opções acima, vamos pensar assim: vocês eram um casal bacana e ao menos ao meu ver, os defeitos de vocês são leves e superáveis através do diálogo. Basta que os dois estejam dispostos a mudar coisas relativamente simples.
Pense só: ele é grudento, ok. Isso é chato pra cacete, concordo. Porém, eu no seu lugar falaria pra ele numa boa algo do tipo:
“Por que ao invés de ficar vendo se to grudada no teu cangote, você simplesmente não tenta perceber as atitudes que faço no dia a dia e que realmente provam algo? No fundo você sabe que ficar 24 horas por dia grudado não é bem demonstração de afeto, mas sim de carência e de baixa autoestima (…) não quero que você fique bravo comigo, porém, justamente por gostar de você preciso que você busque ajuda, senão vai ser difícil continuarmos juntos”.
(…)
Quanto a ele pedir pra você emagrecer e ficar mais bonita, eu no seu lugar pensaria assim:
Parece que ele não me ama por conta disso, ou apenas que ele quer que eu fique cada vez melhor?
Se eu concluísse que ele me ama e só quer me ver “o melhor que posso ser”, me perguntaria:
“Tá, mas eu tenho interesse em maquiagem e em emagrecer, ou ao menos em uma dessas coisas? Às vezes pode ser legal e estou apenas com preguiça e acomodada em não tentar”.
Não falei essa última parte na intenção de pensar que andar sem make e estar acima do peso é algo necessariamente ruim e que te deixaria triste, mas sim pensei em algo que aconteceu comigo e que ainda que tenha sido chato pra caramba na época, valeu a pena. Tudo bem que ainda falta muito, mas deixa eu te contar:
No meu caso, não foi bem o meu ex que falou algo, mas sim outras pessoas que me chamavam de gorduchinha e aquilo me incomodava. No fundo, eu sabia que seria bom pra mim tentar, até porque meus exames de sangue estavam bem tristinhos e a saúde pedia socorro, porém, ficava com raiva daquelas pessoas. Primeiro porque era deselegante, segundo e talvez o mais importante de tudo: porque me tirava da zona de conforto e isso era algo que definitivamente me irritava.
Porém, bora pensar juntas: a gente pode enganar todo mundo, menos nós mesmas, certo? Nisso cheguei à conclusão de que podia sim “ouvi-los” um pouco, até porque vamos ser sinceras: ainda que digam que não, 90% das pessoas querem ficar mais bonitas sim. Porém, se você se encaixar nos 10%, esqueça essa parte do texto.
Continuando… No começo foi meio complicado largar “tudo”: rotina, vida sedentária, meu famoso coque (tá, não larguei esse não kkkk), roupas largadas, etc, até porque, fora o comodismo, bora combinar que se arrumar leva um tempo que nem sempre temos ou que preferimos gastar assistindo TV. Porém, depois de matutar um pouco, fui espertinha o bastante para não tentar fazer milagres, mas sim ir aos poucos: comecei a passar só um batom, rímel e blush. Depois animei e fui fazendo um pouco a mais, até que no final das contas, agradeci a todos esses pentelhos. Não tenho mais contato com as pessoas que me encheram, porém, hoje sei que apesar de terem sido chatas, elas me ajudaram.
Enfim, se você achar coerente o que disse, eu no seu lugar iria propor “uma troca do bem”, tipo:
“Olha, não vamos esperar nenhum milagre do outro. Porém, gostaria de dizer que vou tentar, ainda que aos poucos, a me arrumar mais porque isso parece ser algo bom pra mim também. Tudo do meu jeito e no meu tempo, mas vou tentar melhorar, ok?”. Porém, seria importante você também tentar entender que cada um tem seu jeito de amar e que não é porque eu não faça exatamente o que você quer, que eu não te ame (…) “
Aí você diz te amo e vocês se beijam =)) Brinks, mas é por aí! rs
PS1: Quanto à família, sei que é polêmico o que vou falar, porém, apesar de muito importante, eles ainda são secundários em vista de vocês. É claro que o ideal era dar certo, mas não é o primordial.
PS2: Quanto ao orgasmo, acho que você pode fazer mais por você mesma e esperar menos dele. Assista ao vídeo que gravei sobre o tema.
Boa sorte!