Uma situação comum entre casais…
Ela e Ele: Movimentos, toques, sons baixos e altos. Suores e palpitações, aproximações, tudo vem crescendo, mais e mais, até explodir e então, tudo cessa. O que acontece depois?
Ela: Relaxamento, mas também uma vontade de falar e ouvir. Uma desaceleração, mas sem vontade de parar por completo. O desejo de viver em câmera lenta.
Ele: Virou-se para o lado, ou melhor, despencou no espaço mais próximo que surgiu e em segundos dormiu. Em menos de um minuto a respiração mudou e por fim o ronco surgiu. Não deu nem tempo de dizer adeus.
A mulher fica chateada e se pergunta:
Por que os homens dormem após o sexo?
Em geral, o ponto central não é bem a curiosidade, mas sim a insatisfação generalizada que isso causa na população feminina. Elas detestam o homem CD: o famoso come e dorme.
Viria a explicação de algo misterioso, ainda aguardando explicação das pesquisas científicas? Ou revelaria apenas um desdém pela parceira?
Vou tentar explicar:
A razão biológica:
A “culpa” é da prolactina, um hormônio que reduz os níveis de testosterona no organismo, inibe o desejo sexual e desencadeia a sonolência. É o fim de um processo que envolve um coquetel de substâncias que são liberadas no organismo, antes, durante e ao final do ato. O objetivo da natureza é óbvio: providenciar uma pausa para a recuperação do organismo.
O período de latência pó-sexo, que no homem pode variar de minutos a dias, varia muito de pessoa para pessoa e, inclusive, não é sempre o mesmo para uma mesma pessoa. Outros fatores, inclusive externos à relação, influenciam no tamanho do cansaço. O fato do período de latência na mulher ser bem menor, além de outras diferenças biológicas entre homens e mulheres, contribui para esta incompreensão feminina acerca de seus belos adormecidos.
Para muitas, a imagem que fica é que isso representa o egoísmo masculino: usar e descartar as parceiras, tão logo elas perdem a serventia.
Seria isso mesmo?
Desencanem meninas! Ao contrário da lenda, o fato de um cara bocejar sem constrangimento, justamente após o ápice do sexo, pode ser um bom indicativo. O que a mulherada não imagina, é que uma transa das boas – daquelas para marcar no calendário e comemorar aniversário depois – é justamente a que também requer mais energia e, portanto, derruba o cara com mais força.
Embora ainda não se tenham explicações científicas definitivas, no caso do orgasmo oriundo da masturbação, a sonolência não costuma ser tão comum como numa transa. Este é mais um indício de que a vontade instantânea de dormir, não é necessariamente um sinal de desprezo pela parceira. Afinal, saber que a reação dos caras após uma sessão de x-vídeo não costuma ser tão drástica como a do teu amiguinho que desaba ao lado de você, isto sim, deveria ser um alívio.
Mas temos que admitir que o ser humano não é totalmente escravo de sua fisiologia, e mesmo respeitando os limites dos nossos corpos, ainda existe sim, uma margem para ir um pouco mais além.
Algo que deve ser evitado, caso esta sonolência realmente seja incômoda para o casal, é a ingestão de bebidas alcoólicas ou comidas pesadas antes. O ideal é deixar os comes e bebes para depois. Transar em horário que não esteja muito próximo ao qual se costuma ir dormir rotineiramente, também pode ajudar.
Assim como uma soneca de uns quinze minutos pode dar um novo ânimo ao dia à dia, uma roncadinha rápida também pode ser o combustível suficiente para reiniciar os “trabalhos” e partir para a segunda, terceira…
Então, fica a dica: meninas, aproveitem a ocasião, aninhem-se nos seus ursos hibernantes, relaxem um pouco, e deixem para provocar o degelo e a primavera, uma meia hora depois.
Para a rapaziada, fica um conselho: Um olhar, um pequeno carinho ou algumas palavras podem ser suficientes para desmanchar a falsa impressão de desinteresse que causamos em nossas parceiras. Uns segundinhos de atenção antes de desabar são possíveis e bem-vindos.
Enfim cara amiga, não se considere derrotada quando obter o triunfo de derrubar o guerreiro. Não foi desclassificação, foi medalha de ouro!