Leitora: Nos conhecemos em 2013, a partir do Facebook. Ele é moçambicano, tal como eu, porém, vive há muitos anos na Turquia. Ele concluiu o curso de Medicina Geral recentemente e eu estou quase terminando o mesmo curso. Temos os dois 25 anos, ele sempre dizia ser solteiro e que queria algo sério comigo! Ele chegou a conhecer a minha família, porém, sempre colocava barreiras para eu conhecer os pais dele, tivemos uma relação de um mês.
Em Dezembro do ano passado, ele veio a Moçambique passar férias, finalmente nos conhecemos pessoalmente, foi tudo muito rápido, nos envolvemos profundamente, até gerar um filho. Logo depois, no final de Janeiro, ele teve que voltar a Turquia, quando descobri que estava grávida dele, foi aí que tudo começou: ele alegava que o filho não é dele..etc… Hoje não falamos um com o outro..
No fim, ele não quer nem a mim, nem a criança. Vivemos em Países diferentes, tentei falar com os pais, eles disseram-me que ele sempre teve uma namorada lá onde ele vive, há 7 anos.. Hoje nem nos falamos, estou chocada com a atitude dele! Ajude-me por favor!
Eu sinceramente nunca entendi a relação entre o relacionamento intenso que muita gente vive com transar sem camisinha. Na verdade, esses dias uma leitora me abordou como se “todo mundo transasse sem camisinha” e quem disser que não, é hipócrita, e eu: WHAT? kkkkkk. Tô há anos na força e super acho que uma marca de camisinha tinha que me patrocinar kkkk.
Mas assim, agora não adianta te dar sermão, por que já foi né? Agora é só usar camisinha da próxima e saber que, por mais intenso que o relacionamento seja e por mais que você ache que o cara vai ficar contigo pra sempre, não dá pra ir arriscando fazer filho a torto e a direito, até porque um filho não nasce – ou ao menos não deveria nascer – só do amor. Mas sim de uma estabilidade, planejamento, depois de ambos se conhecerem muito bem, etc.
Enfim, tal como já sabemos, no fim, seu boy só tava de rabo quente e depois que conseguiu realizar a paixãozinha dele, o fogo se acabou e tals. Porém, vamos ser positivas e pensar juntas:
1- Nada acontece por acaso. Sendo assim, fora pegar a lição, eu criaria o meu filho sozinha mesmo.
2- Um pai ajuda? Ajuda, mas você não precisa dele pra ser feliz, nem pra fazer seu filho feliz.
3- Sei que agora você está assustada, que é tudo muito novo, etc. Mas tente pensar por um momento no futuro: 99% das mães que passaram pelo o que você está passando, depois se tornaram completamente apaixonadas – e gratas! – pela criança. É só dar o prazo de você respirar, viver e ela nascer. Aí você verá o que é amor de verdade – o que com certeza não será por esse boy. Podia ter sido diferente? Podia, mas não foi. Então, bola pra frente e assuma suas responsabilidades, no que inclui ser feliz apesar de tudo!
4- Pense na saúde do seu filho. Eu sou daquelas que acredita que o filho sente TUDO que a mãe sente durante a gravidez. E se for pensar bem, faz todo o sentido do mundo que ele sinta. Afinal de contas: ele está dentro de você! Procure ajuda familiar ou psicológica se precisar, mas fique forte.
5- Como são as leis do seu país? Procure-as. Procure também sobre as leis do país dele e veja o que você pode fazer em relação a isso. Ele não querer ser pai é uma coisa, as obrigações dele como pai dele são outras e devem ser cumpridas. Então, corra atrás dos seus direitos.
6- Ele acha que o filho não é dele? Ok, então fale que você está disposta a fazer o exame de DNA. Fale isso inclusive pros pais dele, já que você já se abriu com eles. Se ele se negar demais, fale que ele não tem saída: ou para de questionar e se aceita como pai, ou faça o exame de DNA.
Por fim, lembre-se de que ele está se preocupando BEM mais com ele do que contigo. Então, faça o mesmo: se preocupe mais com você e agradeça por ter se livrado de um baita de um traíra insensível (coitada é da atual dele que nem deve saber de nada! E mal sabe que ele trai sem camisinha). Tampouco chore pensando que seu relacionamento está acabado, porque se você for pensar bem, ele nunca existiu. Bem, ao menos não o real. E cá pra nós: te enrolar pra te apresentar pros pais foi só uma das várias pistas que ele deixou, né?
Porém e ao mesmo tempo, concentre-se em fazer apenas o que é urgente. De resto, deixe para “reclamar” apenas depois que seu filho tiver nascido. Como ele sente as coisas, não é bom que você chore, sofra ou se preocupe em demasia. E como você é da área da saúde, deve estar entendendo bem o que estou dizendo.
Cuide apenas do estritamente necessário, que de resto cuida Deus. E depois que o filhote nascer, a justiça cuida, rs.
Nos escreva depois que seu filho tiver nascido e não se humilhe, ok?
Boa sorte!
Assista ao vídeo: Como esquecer o ex