Leitora: Oi, tenho 23 anos, tenho um filho de 2 anos e meio e tive um relacionamento de 6 anos com o pai do meu filho que tem 26 anos. Quando nos conhecemos, nosso namoro foi sempre muito conturbado, depois que engravidei aos 19, resolvemos morar juntos e nosso relacionamento melhorou 100%.
Logo quando nosso filho completou o primeiro ano de vida, nosso casamento começou a desmoronar, ele não me tratava mais bem, não me dava mais atenção, me via apenas como a mãe do filho e não como mulher.
Em uma briga que tivemos, acabou que ele me agrediu e eu saí de casa. Fazem 9 meses que mudei de cidade, enfim vi que eu não gostava mais como antes, porém, de uns tempos pra cá, ele está chegando de manso, começou a me tratar bem, foi ver nosso filho esses dias e saiu chorando dizendo que ainda mexe com os sentimentos dele. Fiquei balançada, não sei o que devo fazer, devo dar uma segunda chance a esse relacionamento, por questão do meu filho?
Pai de filho nosso sempre merecerá créditos, porém, essa história de agressão não me soou bem e a maioria das pessoas que já passou pelo o que você passou diz que eles agridem, depois se arrependem, ficam bonzinhos, voltam a pegar intimidade e confiança, até que pahhh, fazem tudo de novo. Sem contar que se ele foi mais negativo do que positivo durante todos esses anos, não sei se continuaria mudado depois que o ”o susto” por ter te perdido passasse.
Enfim, só você sabe o ex que tem e mais do que isso, só você saberá dizer se você gosta dele o suficiente para dar uma segunda chance, visto que, ao que tudo indica, você já não sente mais nada por ele e o único motivo para forçar (sim, parece ser forçar) uma relação amorosa seria o filho.
Quem é casado(o) poderá dar dicas inclusive melhores do que as minhas, mas eu como filha, preferiria mil vezes ver meus pais felizes, ainda que separados, do que juntos e brigando – e quem sabe com minha mãe sendo agredida – na minha frente. Isso sim seria traumático para mim.
Não que seja seu caso, mas tem casal que pensa que filho é bobo, pensa que é SÓ viver junto estilo papai-e-mamãe que já basta, enquanto na verdade, a criança é muito esperta e mesmo que inconscientemente, percebe a falta de amor, carinho e/ou respeito entre os pais de longe. E mesmo quando eles não sabem dar nome aos bois, eles percebem e sentem, nem que seja em um olhar, numa (falta de) atitude, etc. Por fim, acaba sendo muito mais saudável uma criança com pais separados, porém, que são presentes, que são amigos e que se respeitam, do que esse padrão de família que, justamente por forçar esse viver junto, acaba engolindo muita coisa a seco, sendo infeliz e passando isso para os filhos. É claro que vocês também poderiam fazer o estilo pais melhores amigos e isso agradaria muito aos filhos também, porém, se vocês já fizeram a parte mais difícil que foi se separar, não precisam morar juntos para manterem esse padrão. Na verdade, o morar separado nesse caso pode até fortalecer a amizade kkkk. Lembre-se que pais felizes = filhos felizes, independente de como seja.
Lembrando que filho quer amor, carinho e proteção. Proximidade é importante, mas nem sempre precisa estar perto. Gostaríamos de ter tudo, mas se não podemos…
Boa sorte e até amanhã,
Lu