*Uma das entrevistas mais completas que já fizemos aqui pelo blog =)
** Bom dia!!! Se apresente para a gente, como sempre peço no início de todas as minhas entrevistas: idade, profissão, orientação sexual, estado civil, etc =)
Primeiramente quero agradecer seu convite e dizer que é um grande prazer fazer essa entrevista. Eu tenho 50 anos de idade, sou funcionário público federal trabalhando como gerente de projetos na área de TI. Sou heterossexual, divorciado e presentemente solteiro.
** Como você descobriu ser adepto a esse fetiche?
Curiosamente, foi uma psicóloga que me levou a essa descoberta. Devido ao impacto que meu divórcio causou, eu resolvi fazer psicoterapia e, durante nossas conversas, essa psicóloga ficou sabendo que minha mãe era uma disciplinadora nata e frequentemente me corrigia aplicando surras. Ela calmamente me explicava qual tinha sido a minha falta e a quantidade de palmadas que eu ia levar, então eu tinha que tirar a roupa, deitar no colo dela para levar uma belíssima surra no bumbum, daquelas de deixar tudo roxo e empolado. Esses corretivos duraram até a minha adolescência, até os 14 anos eu ainda apanhava desse jeito. Minha psicóloga perguntou então porque eu me submetia a essa disciplina sem me revoltar, sem tentar correr, etc, e eu não soube responder. A seguir, ela fez uma afirmação e pediu que eu confirmasse ou não. Após pensar por 1 minuto, ela afirmou que eu sentia prazer em ser obrigado a ficar pelado e apanhar da minha mãe. Eu então descobri que gostava sim, descobri que durante todos aqueles anos eu tinha curtido os corretivos que levava e inconscientemente eu até provocava situações de propósito só para apanhar.
Diante disso, minha psicóloga diagnosticou que eu era masoquista, que gostava de ser dominado psicologicamente e apanhar. Daí em diante essa ideia não saiu mais da minha cabeça e comecei a ter um desejo incontrolável de voltar a ser dominado, apanhar e passar humilhação. Passei a ler sobre o assunto, a participar de chat rooms, assistir vídeos sobre BDSM, até que entrei em contato com uma dominadora profissional e comecei a me encontrar com ela.
** Agora me veio uma dúvida, que é meio a história do “ovo e da galinha” e não sei se você saberia responder, mas vamos tentar: você acha que foi sua mãe que acabou fazendo com que você tivesse prazer em apanhar ou você acha que você sempre teve esse prazer e ela só te fez saber disso mais claramente?
Na minha opinião, eu nasci com tendências masoquistas e a medida que fui ficando mais velho, essas tendências foram se solidificando. Agora, não resta dúvida que minha mãe contribuiu bastante para isso com seus corretivos. As surras e o fato de que eu era obrigado a ficar nú e deitar de bruços me despertaram não somente para o prazer de apanhar como também para o prazer de passar humilhação e de me exibir nuzinho. Creio que também o fato de ter passado por isso até uma idade mais adiantada, até os 14 ou 15 anos, também contribuiu. Então no meu caso o ovo e a galinha surgiram mais ou menos simultaneamente.
** E como foi a sua primeira experiência no mundo BDSM? Foi traumatizante ver uma mulher te dominar todo, ou você já gamou logo de cara e pensou “nunca mais quero ter que dominar ninguém na vida?” kkkk
Não foi traumatizante, mas confesso que no início estava com medo e também sem graça. Entretanto, a dominadora era muito eficiente e como foi logo dando ordens, botando moral, eu apenas fui seguindo o que ela mandava. Primeiro ela me botou pelado e me obrigou a lamber suas botas da sola até o alto do cano, as duas, primeiro uma depois a outra até ficarem brilhando de limpinhas… kkkkk… depois ela me botou de bruços no colo dela e me aplicou uma surra daquelas de não poder sentar mais… quando acabou foi como você disse, gamei, adorei e fiquei freguês. Saí de lá com a bunda toda roxa e querendo mais…! KKKKKKK!
** Quem gosta de BDSM automaticamente faz tudo o que essas siglas significam, ou podem gostar apenas de uma área, (como por exemplo apenas o bondage) e não das outras? Ou tem que gostar de “tudão” mesmo?
BDSM é uma variedade de práticas eróticas envolvendo dominação, submissao, “role-playing”, restrição de movimentos, e outras dinâmicas interpessoais. Dada a grande variedade de práticas, a imensa maioria das pessoas acaba gostando de uma área específica ou de algumas práticas específicas. Pode-se experimentar uma grande variedade, mas no fim acaba-se escolhendo aquelas com as quais a pessoa mais se identifica. É importante mencionar que uma das primeiras coisas a “escolher” é entre ser dominador(a), submisso(a), ou switcher (às vezes dominador e às vezes submisso), embora isso não seja propriamente uma escolha, mas sim uma característica psicológica de cada um.
Pausa para assistir meu vídeo (Luiza): Homem que faz sexo anal é gay?
** E você tem um carinho maior por alguma das práticas do BDSM, ou você gosta de todas mesmo?
Eu sou submisso e gosto de algumas coisas bem específicas: “role-play” sexual (por exemplo, a dominadora me veste de mulher e me obriga a comportar-me como mulher), podolatria (adorar, beijar e lamber os pés e as botas das dominadoras), apanhar na bunda com as mãos, chinelo ou vara, e strap-on-dildo (ser comido pela dominadora usando cinta peniana). Gosto também de exibicionismo, gosto de ser obrigado a ficar pelado para ser dominado assim, todo nuzinho, e gosto de que tenham outras mulheres presentes, seja assistindo ou me dominando em grupo. Uma outra coisa que deve ser mencionada é que às vezes acontece do submisso e a dominadora fazerem concessões ao gosto um do outro. Por exemplo, uma das dominadoras gosta de bondage, então ela me amarra todinho para que eu apanhe ou seja comido desse jeito, todo amarrado.
** Como todo fetiche, imagino que esse também deve ter as suas respectivas regras e que não seja esse “vale-tudo” como muita gente pensa. Você poderia falar um pouco sobre essas regras?
Exatamente. Tudo que acontece numa sessão de BDSM é acertado previamente entre o submisso(a) e o dominador(a), tudo é consensual. A dominação é verdadeira e cada dominadora tem seu estilo pessoal e muito espaço para improvisar, mas o dominado já aceitou tudo antes de começar, já combinou tudo que vai acontecer. O importante é que as duas partes confiem uma na outra e sintam prazer juntos. Outro item importante é a segurança do dominado, ou seja, o dominador nunca vai colocar a saúde ou a integridade física do dominado em risco.
** Existe um código de palavras nesse meio? Por exemplo, quando você não estiver gostando, não daria para falar “pára”, porque essa palavra faria parte do fetiche, assim, vocês teriam que falar um código “nada a ver” para que a outra pessoa entenda que realmente está na hora de parar. É verdade? E qual seria esse código?
Sim, existem as senhas de segurança. Se o dominador está indo muito longe ou se o dominado sente que não está mais aguentando, então ele(a) pronuncia uma palavra previamente combinada que significa que se deve parar tudo imediatamente ou então maneirar um pouco. Na verdade combinam-se várias senhas para diferentes situações, inclusive senhas que podem significar a intensificação do castigo. Por exemplo, se o dominado diz “amarelo”, isso significa que está doendo muito e a dominadora deve dar uma maneirada, se a palavra for “vermelho”, a dominadora deve parar imediatamente pois o dominado não está mais aguentando, mas se a palavra falada for “verde”, isso significa que a dominadora deve intensificar o castigo, pois o dominado está gostando e quer mais… ai..ai..ai… kkkkkkk!
** Mas nunca aconteceu de você pedir para parar e a mulher estar tão “pirada de tesão” que te ignorou e continuou?? E você nunca teve medo de alguém te deixar amarrado e te roubar, ou ir embora só de sacanagem que nem acontece nos filmes?
Não, isso da dominadora não aceitar meu “pedido de penico” nunca aconteceu comigo. Na maioria esmagadora dos casos, as dominadoras cumprem as regras e não passam da medida. Minha interação acontece somente com dominadoras conhecidas e confiáveis, portanto nunca tive receio de me amarrarem, roubarem, essas coisas.
** Sei que você não é gay, mas e se uma mulher te mandasse transar com um homem, você aceitaria, visto que você é submisso e seria “a mulherzinha” dela se ela assim desejasse, ou você simplesmente não faria por não ser gay?
Como expliquei acima, a dominadora não pode impor nada que o submisso não queira fazer. Eu não tenho tesão de ser comido por homem, portanto não faria. Já me sugeriram isso, uma dominadora me disse que o tesão dela seria ver o marido me comendo, mas eu não aceitei. Minha bundinha é só das mulheres… só as mulheres me fazem de mulherzinha… KKKKK!
** A propósito, homem que gosta de apanhar, que gosta de ser submisso e até mesmo ser feito de mulherzinha é algo que a sociedade ainda condena como fraqueza e até mesmo como ser gay. O que você pensa a respeito disso?
Eu entendo perfeitamente que a sociedade não aceita um homem que curte ser submisso em situações sexuais ou sadomasoquistas, afinal de contas, isso não é “coisa de macho”, mas a verdade é que quando pratico BDSM eu considero que estou num mundo a parte, numa espécie de universo paralelo, aonde as regras normais da sociedade não existem e portanto toda a experiência é valida. O que conta é a vontade da pessoa de passar por aquela experiência. Então, não existem fraquezas ou boiolagem por parte do homem. Por exemplo, se um dia eu ficar afim de ser dominado por um homem, eu farei tranquilamente, inclusive dando a bunda para o dominador e fazendo oral nele. Eu não me consideraria gay por fazer isso, mas até agora nunca tive vontade. Quanto à possibilidade de alguém me considerar gay, eu nao me importo, para aquela pessoa eu vou ser visto como gay, tudo bem, mas o que conta para mim é a minha opinião.
** Entendi que você particularmente gosta, porém, é comum as mulheres desse fetiche gostarem de realizar inversão? (para o leitor que não sabe, ela comeria o botãozinho do homem!). E o que você pensa a respeito? Há também a constante associação desse fetiche com a ideia de gostar de ser humilhado. O que você pensa a respeito? E a humilhação fora do plano sexual, te atrai?
Sim, é muito comum as dominadoras “obrigarem” o submisso a fazer inversão, e também é muito comum o submisso gostar de dar a bundinha para elas. Eu acho que se os dois gostam, tem mais é que fazer mesmo! Por que ficar preso à conceitos arcaicos nos quais o homem tem que mostrar que é machão 24 horas por dia? Eu adoro inversão e de preferência com outras mulheres assistindo…KKKKK!
Quanto a gostar de ser humilhado, na minha opinião todo submisso gosta de ser humilhado, senão não seria submisso. No meio BDSM a inversão geralmente é associada à humilhação, já que o submisso é “obrigado” a dar a bundinha, a se submeter sexualmente de forma “forçada”, às vezes até vestido de mulher e fazendo trejeitos femininos, então, se o submisso gosta, ele vive essa humilhação com prazer! Respondendo a parte final de sua pergunta: a humilhação só me atrai dentro de um contexto BDSM, que pra mim é sempre sexual. Eu não tenho atração em ser humilhado, por exemplo, no trabalho ou em qualquer outro lugar que esteja fora de um contexto BDSM.
** E as mulheres que costumam atender vocês geralmente são garotas de programa, ou apenas fetichistas também?
São mulheres que curtem o BDSM tanto quanto os homens. É preciso entender que é necessário ter um perfil psicológico muito especial para ser uma dominadora, a mulher tem que ter vocação e prazer em fazer isso, além de conhecimento e experiência. Uma garota de programa não apresentaria essas qualidades, não por ser garota de programa, mas sim por não ser do meio BDSM. A GP pode atender aqueles homens que estão somente a fim de fazer inversão de papéis, aí sim a GP está acostumada e tem experiência.
** Uma outra questão: muita gente associa o fato de gostar de apanhar, etc, com já ter sofrido algum tipo de violência no passado, tal como estupros e outros tipos de violência, inclusive familiar. Sei que contigo aconteceu o caso com a sua mãe, porém, genericamente falando, isso faria algum sentido para você se você levasse em conta os outros fetichistas que você conhece?
Como mencionei no inicio da entrevista, eu apanhava da minha mãe, e isso com certeza absoluta teve influência no fato de eu ter virado masoquista, gostar de apanhar e curtir outros fetiches. Entretanto, isso não é uma regra geral, muitos praticantes de BDSM tiveram um passado absolutamente tranquilo sem nenhum tipo de violência e no entanto curtem seus fetiches. Creio que no fundo o meio BDSM reflete a sociedade como um todo no sentido de que em qualquer segmento existem aqueles que já sofreram violências, traumas, e aqueles que nunca passaram por nada disso.
** Se uma mulher pedir para você dar uma quantia em dinheiro para ela, ou limpar toda a casa dela, enfim, resolvesse te “explorar” em outras áreas, entraria no fetiche se ela decidisse isso naquela hora do sexo? Sei que vocês combinam o geral antes da transa, mas acredito que deve ser comum ir surgindo umas vontades à parte no decorrer da transa, não? O que você faria? Sei lá, vai que uma golpista finge gostar disso só para te dar um golpe e pegar uma grana de você kkkkkk. E sei lá também se a mulher não teria tesão de fato nisso, cada um cada um, né? Como diferenciar tudo isso?
Eu nunca sentiria prazer em dar dinheiro algum para mulher ou limpar sua casa, portanto não faria se a dominadora mandasse, entretanto, sei de muitos que curtem isso, de fazer serviços domésticos, limpeza, essas coisas. Já extorquir dinheiro, é uma coisa tão fora do contexto que não faria sentido algum. Agora, existem situações semelhantes que não têm um cunho de exploração, mas sim sexual. Eu já fiquei vestido de empregadinha servindo a mulherada em festas lésbicas, e pra mim foi o maior tesão! Ficar vendo as meninas se pegarem firme foi uma experiência fantástica, pena que eu era uma menininha comportada e não me deixaram participar! …kkkkkk! Quanto à dominadora mudar o combinado durante a sessão, acontece sim, mas o submisso tem sempre a autonomia de não aceitar e falar a senha para parar. Então, por exemplo, o submisso está apanhando de chinelo e a dominadora diz que vai continuar a surra usando uma vara (dóóóói muito mais!), então o submisso diz que não quer e pronto, ela não usa a vara nele.
** Falando em coisas trágicas, se não engraçadas, narre alguma experiência que conte com algum desses adjetivos para a gente, só para nos entreter com um “causo da vida alheia”!! kkk
Eu já soube de um caso de chantagem com um executivo, em que filmaram o cara em situações constrangedoras e passaram a exigir dinheiro dele. Também soube de um caso em que a dominadora passou a exercer uma influência psicológica total sobre o dominado, de tal forma que ela o obrigava a ir para o trabalho de fralda por baixo, ou então usando calcinha e sutiã. Esses casos são raros, mas existem e todos têm que se resguardar. O submisso que tenha qualquer dúvida quanto à honestidade ou o caráter do dominador deve sempre pular fora e cortar o relacionamento.
** Uma outra coisa muito citada pelas pessoas são os “calabouços” em que os praticantes de BDSM costumam ir. Enfim, rola realmente um lugar próprio para os praticantes? E é verdade que ele é caríssimo?
Sim, existem os calabouços, também chamados de dungeon, e são bem caros. Nesses lugares existem vários ambientes para as diferentes práticas do BDSM, tais como “salas de tortura” com vários aparelhos, salas com pequenas arquibancadas para a pessoa ser dominada em frente a uma audiência (que vexame…!), lugares com ralinhos para aqueles que gostam de chuva dourada se deitarem, etc. Os calabouços em geral são também equipados com todos os acessórios: os mais variados chicotes, varas, cera, guarda-roupa completo de mulher, perucas, maquiagem, cintas penianas, dildos minúsculos ou enormes, enfim, toda a parafernália possível.
** E a lei em relação a isso, como fica? Dizem que violência é crime, mas no caso de vocês é um fetiche. Enfim, vocês não têm medo de serem presos não? De pensarem que é violência e mandarem todo mundo pro xilindró? Kkkkkk
Não existe violência na prática do BDSM, já que tudo é praticado com o consentimento de todos os envolvidos. Creio que a violência só é crime quando imposta. Não creio que autoridade alguma vá achar que BDSM é atividade criminosa e prender os participantes, até porque já foram feitas no Brasil feiras de BDSM, onde o marido e a patroa estão passando na rua, entram na feira por curiosidade e assistem a uma menina pelada e amarrada pelos pulsos e tornozelos apanhando de vara na bundinha com um monte de curiosos olhando. Essas feiras são legais e do conhecimento das autoridades.
** Você costuma contar sobre esse fetiche para as suas parceiras ou isso é algo que você gosta de manter em privado e só pratica em off mesmo? Se você já contou, como elas reagiram?
Não, nunca contei pra ninguém. Como mencionei acima, o BDSM é o meu universo paralelo e lá ninguém entra, ou melhor, só entra as que já são do meio.
** Qual é o peso desse fetiche na sua vida? Se você se apaixonasse por uma mulher que considerasse o seu gosto impraticável, isso teria um peso muito grande para você decidir em simplesmente não se relacionar mais com ela? Ou seja, mulher para você tem que gostar de BDSM, caso contrário você sentiria um vazio enorme no relacionamento ou não chegaria a tanto?
Olha Luiza, o BDSM presentemente tem um grande peso em minha vida, mas eu nunca mencionei nada sobre isso a nenhuma mulher com a qual eu me relacionei. Caso eu me apaixonasse seriamente por uma mulher, creio que a primeira providência que iria tomar seria não deixar mais meu corpo ficar marcado, ou seja, continuaria a fazer sem que ela percebesse. Não descarto também a possibilidade de parar enquanto o relacionamento durasse. Curiosamente eu não me relacionaria a sério com nenhuma mulher que fosse do meio BDSM, simplesmente porque não gostaria de viver isso 24 horas por dia, todos os dias. Pra mim, o BDSM tem que ser uma coisa à parte, fora da minha vida normal, tem que ser um segredinho. Agora, eu adoraria me apaixonar perdidamente por uma mulher (e ela por mim) que gostasse de inversão de papeis… seria o paraíso… nós dois nos comendo a toda hora… que delícia!… kkkkk!
** Uma outra pergunta que não quer calar é: como é a sua autoestima? Já vi alguns relatos de pessoas que diziam gostar de submissão quando tinham baixa autoestima, mas que depois que melhoraram isso a vontade passou. O que você diz a respeito?
Eu não tenho problema de autoestima, gosto de mim, da minha vida e do que faço. Entretanto, como em qualquer meio, existem pessoas no BDSM com problemas de autoestima e que usam essas atividades como escape para seus problemas psicológicos. Creio que existem situações semelhantes em todas as atividades que envolvam emoções fortes, como paraquedismo, corrida de moto, etc.
** E para quem gosta da prática mas ainda não sabe onde procurar parceiros. Você teria alguma dica? E aproveitando as dicas, quais dicas você daria para quem tem tesão em tentar realizar BDSM, mas nunca realizou? Você diria “se joga” ou “vá aos poucos”?! Se você pudesse dar um “passo a passo” para nortear essas pessoas seria ótimo =)
Para procurar parceiros é só ir no google e digitar “BDSM Brasil”, existem vários web sites, chat rooms, e recursos adicionais. Foi assim mesmo que eu comecei. Para aqueles que querem experimentar, minhas dicas seriam:
• Primeiro de tudo, defina se você quer ser dominador, submisso, ou switcher.
• Comece a pesquisar na net e leia tudo sobre o assunto.
• Frequente chat rooms e pergunte tudo o que quiser.
• Ache algum clube, grupo ou organização BDSM na sua cidade ou região e dê um pulo lá quando for aberto para iniciantes. Coragem, você pode ir e ficar só olhando!
• Caso se interesse por algum dominador(a) ou submisso(a), encontre essa pessoa primeiro num lugar público, como um barzinho. As primeiras vezes faça em um clube, só se encontre com essa pessoa de forma privada quando conhecê-la muito bem.
• Não tenha vergonha e nem fique embaraçado se perceber que gosta de BDSM. Não há nada de errado nisso.
** Mais alguma coisa que você gostaria de acrescentar?!
Gostaria apenas de mencionar que foi um grande prazer fazer essa entrevista. Espero que os leitores tenham gostado.
** Muito obrigada pela entrevista e pela sinceridade. Espero que essa entrevista tenha sido útil para alguém!
Por: Max (nome que é conhecido no meio).