Como é ser virgem aos 24 anos? Seria muita idade? Quais seriam os motivos para tal condição? A partir dessa entrevista muita gente verá que nem todos os esteriótipos são condizentes com a realidade!
PAM: Você acredita que ser virgem com essa idade nessa época moderna é algo realmente diferente ou não?
V: Depende do ponto de vista pelo qual você está analisando a questão. Se você estiver observando pelo ângulo de que as pessoas se iniciam sexualmente cada vez mais cedo porque vivemos em uma sociedade onde o sexo é o deus e que prega que para alguém ser feliz basta transar, ser virgem aos 24 anos realmente é “diferente”. Prova disso é que quando alguém vê uma pessoa mal humorada diz logo que é falta de sexo, como se sexo fosse resolver os problemas de alguém… No entanto, se você analisar a questão por um prisma mais sensato, de que sexo é uma relação profunda entre duas pessoas e que, para isso, é necessário que haja, acima de tudo, respeito, cumplicidade e empatia, você verá que não tem nada de diferente, que eu sou apenas alguém que está buscando o melhor para si e desfrutar o sexo da melhor forma possível.
PAM: O que te faz ser virgem até hoje? Seria por algum motivo religioso, pessoal, falta de opção ou o que?
V: Apenas porque ainda não encontrei alguém em quem pudesse confiar para puder ter uma relação tão íntima e profunda como é o sexo.
PAM: Você acha que virgindade pode ter algo a ver com excesso ou falta de segurança? Ou não tem nada a ver com nenhuma dessas ideias? Pergunto isso porque, ainda que possa parecer absurdo para alguns, tem meninas que não transam porque se acham feias, pouco atraentes, e até mesmo tem medo de serem largadas, usadas, etc.
V: Para começar a transar é preciso, primeiro, ter maturidade para tal porque quer queira, quer não é uma experiência que mexe com o emocional da gente. Quem tem muitos grilos como se achar feia, medo de ser largada e tal, o ideal é que primeiro resolva essas pendências emocionais para só depois disso começar a transar para, pelo menos, garantir que não vá travar na hora “H”. Eu não tenho nenhum desses problemas: não me acho feia, nem tenho medo de ser largada, até porque penso que para existir uma relação sexual os fatores essenciais devam ser o respeito, empatia, cumplicidade e o tesão entre as partes (se houver essas três coisas, raramente o cara irá sumir porque ficou com a gente); não havendo necessidade alguma de haver maiores vínculos afetivos como os dois serem noivos, namorados, casados… Se houver, ótimo! Mas não que isso seja fundamental para mim, nem uma garantia de que o sexo vá ser bom. Às vezes, uma transa pode ser mais satisfatória com alguém que não se tem vinculo de namorado ou afins do que com quem o tenha porque acredito piamente que a qualidade de uma relação sexual independe desse vínculo.
PAM: O que você acha daquela ideia que diz que quem muito escolhe acaba sendo escolhido? Já ouvi muita menina virgem que exigiu tanto do provável parceiro que, na hora “que o bicho pegou e o tesão prevaleceu”, foi com um cara que era bem menos do que ela esperava. O que você acha disso? Você tem medo de passar – ou já está passando – por esse caso?V: O que eu verdadeiramente acho é que a gente tem que dançar conforme a música. Se o sonho de uma menina virgem é transar com um cara a partir de 1,85 cm de altura, saradão, lindo de morrer, com 21 cm de rola, pegada, olhar matador e ela chegou a uma certa idade e esse cara não apareceu ainda, o mais sensato é que ela “desça” o nível porque determinados padrões de escolha que a gente estabelece não são nada razoáveis, habitam tão somente o nosso reino das fantasias. Então, muitas vezes o problema não está em escolher, mas nos parâmetros estabelecidos para efetuar tal escolha. Sendo assim, acredito que deva ser nesse sentido que a sabedoria popular diz que quem muito escolhe acaba sendo escolhido. Assim, a menina que só queria ter a primeira vez com um homem que tivesse tal perfil pode perfeitamente perceber que pode, também, sentir tesão por homens com outro biotipo. Problema é que, muitas vezes, nosso critérios refletem muito nossos preconceitos, que podem nos induzir a uma resistência maior em relação a um determinado biotipo. Não tenho muito medo de passar por isso, não, porque não acho que seja tão exigente assim. Penso que, nesse sentido, eu seja mais sensata do que exigente…
PAM: Você conta para os homens que você é virgem? Sempre lembro do caso de uma menina que quando era virgem morria de medo de contar e o cara se fingir de apaixonadinho ou algo do tipo só para transar com ela. No fim, a pessoa que teve esse privilégio nunca ficou sabendo disso! Você tem medo de alguém se aproveitar dessa situação? Porque convenhamos que muitos homens fazem questão de transar com meninas virgens só para dizer que foram os primeiros – é infantil, mas é verdade!V: Eu revelar isso ou não depende do contexto, do tipo de relação que eu tenho com o rapaz. Até porque chega um tempo que o cara saca. Não tenho muito medo de contar isso e o cara se finja de apaixonado só para me comer, não, porque eu acredito em atitudes e não em papo furado.
PAM: Então você acha que não é possível o cara te enganar através de atitudes, só por palavras¿ pode parecer neurótico, mas muito cara também finge bastante bem enquanto essa parte da atitude.
V: Pode acontecer de um homem enganar por atitudes. Mas aí fica mais difícil porque para ter atitude é preciso ,no mais das vezes, ter boa vontade porque a atitude de que estou falando exige esforço. Geralmente o cara que tá só a fim de “botar uma pala”, ele se vale muito mais da conversa fiada dele do que das atitudes. Agora que fique bem claro que quando eu falo em atitudes, não estou me referindo àquelas atitudes que o homem faz conscientemente com o intuito de impressionar como mandar flores, ficar abarrotando minha caixa de mensagem do celular com mensagenzinha melosa de 7:00 horas da manhã dizendo “ bom dia, linda e às 22:00 horas dizendo “boa noite, meu amor”. Isso não me impressiona nem um pouco! Refiro-me àquelas atitudes inconscientes, ou seja, àquelas que a gente realiza porque estima de verdade o outro, sem o intuito de querer impressionar para ganhar simpatia de outrem a fim de auferir, com isso, alguma vantagem. Refiro-me apenas àquelas atitudes que a gente tem porque respeita o outro como não ficar criando insistentemente situações para transar com a menina se ela falou que ainda não é o momento.
PAM: O que você faz com a sua energia sexual acumulada? Porque não dá para negar que acumula…
V: Eu quando mais nova, escrevia textos eróticos. Tinha até um blog sobre isso. Trocava emails picantes com um ex colega de faculdade, me tocava e agora saio com um amigo
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PAM: Masturbação hoje em dia você não faz mais?
V: De masturbação gosto muito. Mas hoje sinto necessidade de que outra pessoa, um homem, faça isso em mim. Hoje sinto necessidade de realizar isso a dois.
PAM: Você acha que a mulher só deve transar com o namorado/marido? O que você pensa a respeito da ideia que diz que “se sentir vontade, transe!”? Você acha que o sexo tem que depender de algo que vai além da simples vontade? Tal como haver sentimentos, etc.V: Antes de tudo, sexo é uma necessidade emocional, biológica; o que não quer dizer que alguém vá definhar fisicamente por falta de sexo. Apenas seus sintomas são diferentes das outras necessidades essenciais ao corpo. Sendo assim, ninguém precisar estar apaixonado para que tal necessidade ecloda. Às vezes, a pessoa não está com ninguém e fica com vontade de transar. Seria cruel que todas as vezes que isso acontecesse, a mulher tivesse que esperar se apaixonar por alguém, o que convenhamos é um evento futuro e incerto para satisfazer sua vontade. Então, se alguma mulher está com vontade de transar, tem maturidade e responsabilidade para isso, trepe mesmo!
PAM: Mas você não transa só por vontade, né?
V: Acredito que o motor para uma transa de qualidade seja a vontade. Porém, minha vontade está lastreada em padrões mínimos de razoabilidade. Quando eu digo “trepe mesmo” não estou dizendo que se deva pegar o primeiro ser humano que mije em pé, pois isso não é vontade e sim desespero e eu me sentiria uma irresponsável comigo mesma se, cedendo à minha vontade, que é muita, saísse com qualquer homem sem nem observar se ele tem capacidade de me respeitar.
PAM: O que um homem teria que fazer para “ganhar a sua virgindade”? Dizem que não é tão difícil assim lubridiar uma virgem, que é só dizer que está apaixonado e que quer algo sério (risos). O que você nos diz?V: Eu teria que ter uma relação de muita confiança com esse homem, ou seja, para “ganhar” minha virgindade, ele tem que ter caráter e não ser um idiota metido a conquistador que se acha o máximo porque comeu alguns cabaços.Quanto a esse negócio de que basta um homem dizer que está apaixonado para faturar uma virgem, isso é lenda, pois seguir essa linha de raciocínio é afirmar em sentido contrário que toda mulher que não é mais virgem perdeu sua virgindade porque caiu na lábia de algum “Don Juan”. Sim,porque quem não é mais virgem um dia, obviamente, foi virgem…
PAM: Por fim, você idealiza o primeiro homem da sua vida? Quais características mínimas você esperaria dele?V: Não idealizo. Só quero que ele tenha caráter, seja carinhoso e me respeite e saiba guardar segredo…rsrsrs
PAM: Por que guardar segredo?V: Poxa, eu não gostaria nadinha que um homem saísse dizendo o que fez ou o que deixou de fazer comigo na cama. Uma que tenho pavor, quase uma fobia de expor minha vida íntima. Prefiro o segredinho mesmo. Fica mais excitante. Depois que quem come calado come sempre mais vezes. Se não quiser mais, é porque ou, na primeira, a menina tava muito travada ou ele tem medo de, com o passar do tempo, ela percebe que ele não é de muita coisa. Então ele adestra o pinto dele só para furar cabaço. Fora isso ele faz mais nada dentro de uma xota…rsrsrs
PAM: Muito obrigada pela entrevista! Aposto que com ela muita gente se dará conta que, ao contrário do que muita gente pensa, uma virgem pode não ter nada de sonhadora que romantiza o homem perfeito, mas sim conserva essa condição por motivos que nem sempre tem a ver com romantismo.