Oi pessoal, vim relatar meu caso e contribuir com o site a respeito de como é viver com um micropênis.
Não sei como outras pessoas que se encontram em situações como a minha lidam com isso, mas eu particularmente tive minhas inquietações na adolescência que me incomodavam muito: quando se é adolescente, ter pau grande é a primeira e melhor condição para conquistar uma garota. Na verdade, sabemos que na sociedade de hoje, ser bem dotado não é apenas uma qualidade, mas fetiche de muitas mulheres que sonham com algo bem grande e vistoso, rs.
Bom, segundo o laudo médico dos urologistas que me atenderam, a falta de desenvolvimento dos meus órgãos genitais pode ter sido desencadeada pela baixa produção de hormônios sexuais masculinos (andrógenos), sobretudo da baixa produção de testosterona, que é o grande responsável pelo crescimento dos testículos.
Durante as consultas médicas, também manifestei outros sintomas, tais como obesidade, baixa autoestima e dificuldade de ereção, que reforçaram a possibilidade do déficit hormonal – tratada na literatura como hipogonadismo (hipo: pequeno e gonadismo: gônada ou glândula sexual, no meu caso, testículo).
Na verdade, não tive coragem de concluir o diagnóstico pra comprovar a real causa e a principal razão disso foi medo de constatar um tumor ou algo do tipo, rs. Além disso, não acreditava na possibilidade de reversão do meu quadro (mas não se preocupem pessoal, agora tomei coragem e vou dar início aos exames e posteriormente conto a vocês no que deu rs).
Enfim, acabei por me conformar com o tamanho do meu pênis e testículos, até porque, nunca tive problemas de libido e sempre me encontrei disposto a ter relações sexuais. E como sempre temos que dar nosso jeito pra tudo, com o passar do tempo, comecei a lidar com isso de uma forma muito curiosa e nada comum: comecei a achar legal ter micropênis e criar uma nova realidade nos atos sexuais.
Desdobrei novas oportunidades e uma delas foi a inversão de papéis e o sexo oral. Sustentei isso até ter a minha primeira relação sexual. Foi curioso, porque todas as fantasias que eu imaginava tornaram-se a saída pra sair de uma situação completamente frustrada. Nessa minha primeira vez, como não conseguia penetrar meu pênis na minha parceira, ela acabou completando o serviço com suas próprias mãos. Foi quando resolvi abrir o jogo e perguntá-la de forma bem direta:
“Não tá dando pra penetrar né? Pode falar, é bem pequeno né?”
Falei rindo, pois por um lado aprendi a lidar com o fato e por outro seria constrangedor pra ela se ambos ficassem com cara de morte.
Na segunda investida, conversamos e ela topou a inversão (para quem não sabe e em outras palavras, ela me comeu!). E foi ótimo! Como sabem, o ânus e a próstata também são zonas erógenas e como os dois estavam afim, rolou de forma bem bacana. Mas nem todas as parceiras aceitam isso numa boa. Muitas mulheres querem o sexo tradicional, à moda antiga e eu respeito. Também penso que a satisfação plena de uma mulher hétero envolve a penetração do pênis em sua vagina. Infelizmente, nessas condições eu me limito e por isso me viro ao utilizar os recursos que falei a pouco e o estímulo do clitóris que não necessita da penetração.
Apesar dos pesares, tenho várias dúvidas sobre minhas reais condição de satisfazer uma mulher, pois até agora, o que descobri foi formas de ME satisfazer com uma mulher. Também tenho grande desejo em fazer sexo anal com uma mulher onde eu cumpriria o papel de homem (ativo), mas acho que isso não será possível, pois nem sei se meu pênis alcançaria lá. Ainda mais se minha parceira for gordinha – com todo respeito, pois admiro muito mulheres mais fortinhas rs, mas a barriguinha me atrapalharia mais ainda a chegar lá…
Outra questão é se uma relação afetiva com uma mulher que por ventura invista em mim, seria duradoura e permanente ou se ela se desiludiria comigo pelo simples fato de ter micropênis…
De toda essa história, acabei não entrando em pormenores por não achar pertinente. Até o momento, transei 3 vezes, sendo a minha primeira a mais satisfatória. Essa primeira, como sabem, terminou na inversão de papéis e penso que o resultado foi bom, principalmente porque minha parceira era bi e já foi ativa com as suas pretendentes mulheres. Segundo que gosto de ser humilhado por ter pênis pequeno: essa foi minha forma de converter o sofrimento e angústia pelo prazer. Ou seja, criei um fetiche que pode entrar para a literatura das maluquices, rs. Tanto é que a primeira garota comparava o dedo mindinho dela com o meu pênis, sendo o dedo mindinho dela, obviamente maior do que meu pênis. Eu usava uma de suas calcinhas para fingir ser mulher, enfim, essas e tantas outras formas de humilhação e aprendi a gostar disso.
Concluindo, acho perfeitamente possível para o homem se satisfazer no sexo com micropênis, porém, ainda tenho minhas dúvidas em relação às mulheres. Também acho que o sexo ainda é rodeado por vários fantasmas e convenções pré-estabelecidas, porém, a única coisa que sei é que ter quase 4 cm de pênis ereto é uma condição física real que favorece o homem a optar por outras formas de prazer contrapostas à forma tradicional.
Enfim, quis compartilhar essa minha biografia e consultá-los, homens e mulheres, em suas opiniões ou conhecimentos bastantes sinceros sobre o tema. Haveria mais alguma saída para mim?